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5 de junho de 2018

Sérgio Avelleda, ex-presidente do Metrô e da CPTM, deve ser secretário de transportes na gestão Doria

Sérgio Avelleda, ex-presidente do Metrô e da CPTM, deve ser secretário de transportes na gestão Doria

O prefeito eleito de São Paulo João Doria deve oficializar nesta quinta-feira, 10 de novembro de 2016, o nome de Sérgio Avelleda para a Secretaria Municipal de Transportes.

 Avelleda foi presidente da CPTM – Companhia Paulista de Trens Metropolitanos e também do Metrô.

As informações foram adiantadas pelo Jornal O Estado de São Paulo

Especialista em Direito Público, Avelleda é advogado e já atuou nos governos do José Serra e de Geraldo Alckmin.  Ele se diz um ciclista por vocação. A nomeação também é vista como uma estratégia de Doria para impedir protestos por parte de cicloativistas que temem a redução de espaços para bicicletas na cidade.

Sérgio Avelleda chegou a ser afastado por 10 dias da presidência do Metrô, em novembro de 2011, por suposta participação no esquema que teria fraudado a licitação da linha 5 – Lilás.

Segundo o Ministério Público, o edital de licitação de 2008 apresentava regras para impedir a competição e beneficiar grupos empresariais. Em 2014, Avelleda se tornou réu no processo, acusado de improbidade administrativa, mas foi absolvido pela Justiça.

O Poder Judiciário não viu  ilegalidade na licitação.

Um dos grandes desafios de Sérgio Avelleda na pasta municipal de transportes, além de fazer com que o trânsito flua um pouco melhor, será a licitação dos transportes coletivos. Com quase 15 mil ônibus e 9 milhões de registros diários de passageiros, São Paulo está entre os maiores sistemas de ônibus do mundo.

O certame deveria ocorrer em 2013, mas a prefeitura recuou diante dos protestos sobre as tarifas de ônibus.

Apenas em 2015, após a contratação em 2014 da empresa de verificação de contas, Ernst & Young, a prefeitura lançou um novo edital, mas o TCM – Tribunal de Contas do Município apontou 49 regularidades, bloqueando o certame, que só foi liberado em julho deste ano.

O prefeito Fernando Haddad decidiu então fazer com que a licitação fosse de fato realizada na próxima gestão.

 

A licitação deve reformular os serviços. Pela proposta da prefeitura, os contratos de 20 anos seriam de R$ 166,1 bilhões, renováveis por mais 20 anos, mas prazos e valores também foram contestados pelo TCM.