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5 de junho de 2018

Prefeitura de São Paulo diz que empresários de ônibus fazem “terrorismo barato”

Prefeitura de São Paulo diz que empresários de ônibus fazem “terrorismo barato”

A prefeitura de São Paulo decidiu para, pelo menos parte da mídia, engrossar o discurso contra as empresas de ônibus.

Em resposta a uma matéria do jornal Estado de São Paulo sobre remanejamento de recursos que a prefeitura tem feito para cobrir o rombo do sistema de transportes e sobre a informação do SPUrbanuss –  Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de São Paulo de que Doria herdaria uma dívida de ao menos R$ 200 milhões para com o sistema, a secretaria de comunicação social classificou o discurso dos empresários sobre a situação econômica do sistema de “terrorismo barato”.

Em nota, a Secretaria de Comunicação diz que o SPUrbanuss “nunca deixou de receber nenhuma moeda” e que não há razão para isso ocorrer agora. “O que os empresários do transporte coletivo de São Paulo estão fazendo é um terrorismo barato.”

A dívida da prefeitura de São Paulo para o sistema de transportes, em especial às operadoras do sistema estrutural, é alta.

De acordo com o último balanço da SPTrans, referente ao dia 27, este débito era de R$ 211,34 milhões, sendo que R$ 137,21 milhões para o subsistema estrutural, que reúne as viações com linhas e ônibus maiores.

Como noticiou o Diário do Transporte em primeira mão, acabou na segunda quinzena de setembro todo valor de R$ 1,79 bilhão em subsídios para o sistema que deveria durar até 31 de dezembro.

Desde então, a prefeitura tem feito diversos remanejamentos, como também noticiou o Diário do Transporte , a exemplo do último sábado, quando o poder público retirou R$ 100 milhões previstos de obras em corredores de ônibus que não se realizaram para compensações tarifárias. Relembre em: https://diariodotransporte.com.br/2016/10/29/haddad-remaneja-mais-r-100-milhoes-para-cobrir-tarifas-de-onibus/

O secretário Municipal de Transportes, Jilmar Tatto, havia calculado então a necessidade de R$ 2,3 bilhões em subsídios até o final deste ano, incluindo o valor de R$ 1,79 bilhão que se esgotou. Mas agora a conta chega a R$ 2,65 bilhões.

A prefeitura de São Paulo nega atrasos e diz que esses débitos serão quitados integralmente.

Farpas à parte entre empresários de ônibus e administração Haddad, a preocupação também é em relação à promessa do prefeito eleito João Doria de congelar a tarifa de ônibus na cidade no ano de 2017.

Doria diz que serão necessários R$ 550 milhões para cumprir o prometido, além de R$ 1,79 bilhão já previsto no Orçamento de 2017. No entanto, técnicos da Prefeitura de São Paulo que elaboraram a peça orçamentária dizem que serão necessários aportes de R$ 1 bilhão a R$ 1,2 bilhão para o congelamento.

 

 

 

(Fonte: Blog Ponto de Ônibus)