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5 de junho de 2018

Praça na Zona Norte de SP tem festa do Dia do Trabalhador com protesto e shows sertanejos

Praça na Zona Norte de SP tem festa do Dia do Trabalhador com protesto e shows sertanejos

m um ato político com shows de vários artistas nesta segunda-feira (1º) para comemorar o Dia do Trabalhador, a Força Sindical reuniu mais de 150 mil pessoas, segundo os organizadores, na Praça Campos de Bagatele, na Zona Norte de São Paulo. Desde a manhã, o público acompanhou discursos de políticos e sindicalistas e shows de cantores sertanejos. O evento tem na programação artistas como Michel Teló, Zezé Di Camargo e Luciano e Bruno e Marrone.

Outros dois grandes atos com shows musicais são realizados nesta segunda-feira em São Paulo: o da Central Única dos Trabalhadores (CUT), com caminhada da Avenida Paulista até a República; e da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), no Sambódromo do Anhembi.

O evento foi marcado por críticas ao prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), que na sexta-feira (28) chamou grevistas de “vagabundos” durante uma paralisação de diversas categorias contra as reformas trabalhista e da Previdência.

No ato da Força Sindical, o deputado federal Paulinho da Força, (SD-SP), presidente da entidade, elogiou a unidade das centrais sindicais “de forma meio inédita” contra as reformas propostas pelo governo do presidente Michel Temer.

“A paralisação de sexta mostrou a força do movimento. Continuamos buscando a negociação, queremos um diálogo civilizado, queremos que o governo sente para negociar e queremos mudar a reforma da Previdência. Eles querem enfiar guela abaixo dos trabalhadores uma reforma que a gente não aceita. Eles têm que entender que tem que dialogar com a população para fazer uma reforma justa e civilizada”, afirmou Paulinho da Força.

O deputado disse, ainda, que a as entidades sindicais entendem que é preciso fazer mudanças para tirar o Brasil da crise. “Só que estamos insatisfeitos que as mudanças têm sido feitas só em cima dos trabalhadores. A crise é grande e tem que ser repartida entre todo o Brasil”, disse Paulinho da Força.

Shows sertanejos

 

Em meio aos discursos políticos, parte do público estava mais interessado em ver os cantores de música sertaneja. Muitos chegaram bem cedo para pegar lugar perto do palco. A operadora de máquina Ivonete de Jesus Silva, de 34 anos, foi ao Campo de Bagatelle com o marido, a filha e uma vizinha Guarulhos para assistir os shows. “Saímos de casa às 6h da manhã. Eu quero ver o Zezé di Camargo e as meninas Simone e Simaria”, disse ela.

A desempregada Maria Aparecida Magalhães saiu de casa às 5h da manhã. “Cheguei às 7h para pegar um lugar bem na frente. Estou desempregada, como tantos milhões de brasileiros, e no Dia do Trabalho quero tentar ganhar o carro que vão sortear. Já preenchi uns 500 cupons” afirmou ela. Animada, Maria disse que também queria cantar as músicas de Simone e Simaria.

Ato político

 

Em ato político realizado às 11h45, lideranças sindicais subiram ao palco criticando as reformas trabalhistas e da Previdência, afirmando que direitos estão sendo retirados. A manifestação incluiu integrantes de sindicatos de frentistas, metalúrgicos, motoristas, funcionários de indústrias de brinquedos, de limpeza, construção civil, da indústria de tecelaria, dentre outros.

Elza de Fátima, tesoureira do sindicato dos Metalúrgicos de SP, disse que quer dizer “não aos políticos”. “Não aceitamos que tirem nossos direitos. Estamos aqui para refletir, festejar, mas para reclamar nossos direitos”, disse ela.

Eunice, representante do sindicato das costureiras, foi uma das que criticou Doria. “Na hora de pedir voto para você não eram vagabundos. Agora são. Todos que votaram contra os direitos do povo não vão receber nossos votos em 2018”, disse.