Em busca de solução, Sindicato participa de Audiência no DRT
O presidente do Sindicato dos Motoristas de São Paulo, Valdevan Noventa, juntamente com outros dirigentes da entidade e alguns trabalhadores, participaram nesta manhã (21/05) de uma Audiência com o Superintendente de Trabalho e Emprego, Luiz Antônio Medeiros, e com os representantes do setor patronal, na intenção de encontrar uma solução para as manifestações realizadas desde ontem por um grupo que se diz insatisfeito com a proposta aprovada em Assembleia pela própria categoria, referente a Campanha Salarial 2014.
Noventa explicou como ocorreu todo processo de negociação, falou de todas atividades que foram realizadas pelo Sindicato ao longo da Campanha (seminário, Assembleias regionais e gerais, reuniões, convocações, publicações, etc), ou seja, um processo democrático e transparente. “Realmente fomos surpreendidos com tudo o que aconteceu, já que realizamos uma Assembleia que ocorreu na rua do Sindicato com cerca de 4 mil trabalhadores e que aprovaram a proposta patronal por unanimidade”, afirmou.
O presidente também falou sobre os vários boatos e informações desencontradas que estão sendo divulgadas e repassadas aos trabalhadores (as), não se sabe ainda por quem, mas que pode ter dado início a todo esse movimento. Além disso, muitos desses trabalhadores estão, na verdade, sendo forçados a aderir, tendo a passagem bloqueada, chaves retiradas do veículo, enfim, uma situação totalmente atípica e que chama a atenção das autoridades e da própria diretoria da entidade.
O superintendente Medeiros, na tentativa de intervir e intermediar a situação irá pessoalmente até a garagem da Viação Santa Brígida para conversar e ouvir as reivindicações e convidar alguns trabalhadores para participar de uma nova Audiência na parte da tarde, juntamente com os representantes do Sindicato e setor patronal para se chegar a um consenso e uma possível solução, que seja satisfatória para todos os envolvidos.
A direção do Sindicato reafirma que o acordo fechado trará grande avanços para a categoria, principalmente, na questão do reconhecimento da insalubridade, e consequentemente, o direito à Aposentadoria Especial aos 25 anos trabalhados, que é uma conquista que os trabalhadores esperam há 19 anos, já que o fim da aposentaria especial havia sido decretado em 1995, no Governo FHC (Fernando Henrique Cardoso).
Além disso, reajuste de 10%, ampliação da licença maternidade para 180 dias, melhora da cesta básica, ticket de R$ 445,50, fim do Genérico, criação de uma comissão para discutir as demais questões como convênio e setor da manutenção, ou seja, um acordo que realmente traz avanços nos benefícios e direitos da categoria, e que ficou acima de acordo fechado no país, seja no setor de transporte ou qualquer outro.
Por Ana Paula Sarilio – 21/05/2014