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29 de Maio de 2020

Secretaria de Igualdade Racial do Sindmotoristas repudia os crimes recentes de conteúdo racista

Secretaria de Igualdade Racial do Sindmotoristas repudia os crimes recentes de conteúdo racista

A Secretaria de Igualdade Racial do sindicato manifesta sua indignação e repúdio, em meio a tantos crimes, dois crimes que chamam a atenção pelo seu conteúdo racista e pela violência policial.

João Pedro, de 14 anos, teve precocemente seus sonhos interrompidos. O estudante foi morto a tiros dentro de casa durante uma operação da polícia numa comunidade da região metropolitana do Rio de Janeiro.
Em Minneapolis, Estados Unidos, o segurança George Floyd, 40 anos, mesmo algemado e imobilizado no chão, morreu sem conseguir respirar enquanto policial branco mantinha o joelho sobre seu pescoço.
As vítimas desses assassinatos tinham algo em comum, eram negras.
“Infelizmente, atitudes como essas não são isoladas, são questões cotidianas praticadas, ora de forma velada, ora explícita, que ferem a dignidade da pessoa humana e os direitos humanos, sendo totalmente inconcebíveis”, declarou o secretário de Igualdade Racial, José Carlos Negrão.
O sindicalista observou as reações populares distintas sobre os crimes. Enfatizou que em vários estados americanos, as pessoas têm ido às ruas protestar em defesa dos direitos dos cidadãos afro-americanos, que são 13% da população daquele país. Enquanto no Brasil, a imprensa nacional deu cobertura pequena ao caso de João Pedro como mais um crime que entrou para a triste estatística da violência no país.
Para Zé Carlos Negrão, o que lhe incomoda é a paralisia do povo brasileiro. “Somos um país onde mais de 50% das pessoas são afrodescendentes, cuja história é marcada por preconceito e exclusão racial. Não se pode considerar normal essa realidade, envolvendo, inclusive, crimes hediondos como do jovem João Pedro. É preciso uma forte reação da sociedade, exigindo o respeito ao Estado democrático de direito, que dispõe o respeito a todos os cidadãos, independente da cor, credo ou classe social”, finalizou o diretor do Sindmotoristas.