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17 de outubro de 2019

Outubro Rosa: Sindmotoristas alerta sobre a importância de realizar exames

Outubro Rosa: Sindmotoristas alerta sobre a importância de realizar exames
No mês do Outubro Rosa, o Sindmotoristas faz um alerta, que vai além da busca por melhores condições de trabalho: o Sindicato chama a atenção para a preservação da vida, sobretudo, das mulheres. Após orientar, em setembro, os profissionais de transporte sobre as questões que envolvem a saúde mental, chegou a hora de mostrar ao público feminino a importância da prevenção para evitar o aumento no número de mortes por câncer de mama.
Nesse cenário, o autoexame continua sendo uma estratégia fundamental para a descoberta da doença. No entanto, a realização periódica de exames específicos, como a mamografia, é, sem dúvida, o melhor remédio. Especialistas garantem “não basta apalpar, é preciso acompanhar e se aprofundar”, já que muitas pequenas alterações são detectadas apenas por meio de estudo do tecido mamário feito por imagem a cada seis meses ou um ano.
Para levar essas informações às companheiras, a secretária das Mulheres do Sindmotoristas, Luciana Borges, esteve na Colônia de Praia Grande, onde falou sobre a doença, seus tratamentos e os benefícios do diagnóstico precoce, favorecendo a cura. A entrega de camisetas da campanha também fez parte da ação, que tirou dúvidas das frequentadoras e funcionárias do local.
“Quando falamos em saúde, a informação e a conscientização são essenciais para diminuir a incidência de casos. O nosso Sindicato está sempre atento a campanhas e formas de orientar os trabalhadores. Tem aumentado cada vez mais o número de mulheres na nossa categoria, então é essencial que o Outubro Rosa integre a nossa programação”, destacou a diretoria, lembrando que na próxima sexta-feira (18) haverá uma palestra sobre o tema na sede do Sindicato.
Não é à toa que o evento já virou tradição no calendário da entidade. O câncer de mama é o tipo da doença mais comum entre as mulheres no mundo e no Brasil, depois do de pele não melanoma, correspondendo a cerca de 25% dos casos novos a cada ano. No Brasil, esse percentual é de 29%. Muitos desconhecem, mas a enfermidade também acomete homens, apesar de ser raro, representando somente 1% do total de registros.
Conforme divulgado no site do Inca, a doença não tem apenas uma causa. E, ao contrário do que a maioria pensa, o histórico familiar não é o principal fator de risco. A herança genética é apenas um dos elementos. No topo da lista está a idade. De acordo com o Instituto, cerca de quatro em cada cinco casos ocorrem após os 50 anos, sendo a menopausa tardia, depois dos 55 anos, outro fator a ser levado em consideração. A incidência também conta com fatores ambientais e comportamentais (consumo de bebida alcoólica, obesidade, sedentarismo), e questões hormonais (não ter filhos, primeira gravidez com mais de 30 anos e menarca antes dos 12 anos).
Autoexame
De acordo com a ginecologista, Lillian Wendy, o autoexame é fundamental em todas as idades e pode ajudar na identificação de nódulos no período entre a consulta de rotina e o retorno ao consultório médico. São apenas alguns minutinhos na hora do banho, que podem salvar a vida de uma mulher. “Para quem ainda menstrua, o ideal é fazer um pouco depois do final do ciclo, pois durante a menstruação, as glândulas ficam, naturalmente, aumentadas e podem ser confundidas com nódulos”, explicou a médica, lembrando que, apesar de importante, o gesto de apalpar os próprios seios não substitui os exames clínicos.
Ele pode apenas antecipar a realização da consulta ou levar o especialista a solicitar uma mamografia a uma paciente com idade inferior aos 40 anos. “Quando tem um nódulo na apalpação, a jovem faz o ultrassom, que ajuda a diferenciar o cisto do nódulo e se for necessário esclarecer o diagnóstico, é pedida a mamografia. Nesse cenário, o exame deixa de integrar a rotina, foi uma exceção”, afirmou a especialista, que aproveitou para esclarecer o motivo de a mamografia ser solicitada apenas a partir dos 40.
“O ângulo de incidência da radiação atinge o ovário, podendo comprometer as suas células, por isso não mandamos fazer antes em todo mundo, pois é uma fase em que a mulher pode estar pensando em engravidar. Além disso, a chance de ter câncer de mama antes dos 40 é menor, apesar de hoje em dia vermos moças mais jovens desenvolvendo a doença”.