Mais de 4 mil ônibus foram incendiados nos últimos 30 anos

Ano Novo, velhos problemas. Não é de hoje que o Sindmotoristas, sobretudo, na gestão Noventa, luta para evitar que a categoria e a sociedade não fiquem a mercê da violência e da criminalidade. No entanto, as estatísticas mostram que ainda falta uma ação efetiva do poder público para que seja possível sair para o trabalho com a certeza de que irá voltar.

Dados apresentados pela Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU) expõem a vulnerabilidade dos ônibus em importantes regiões brasileiras. De acordo com pesquisa, 4.330 coletivos foram queimados nos últimos 30 anos. E no topo da lista dos locais mais afetados está o estado e a capital paulista.

São Paulo no âmbito estadual foi o que mais registrou incêndios desde 2004. Ao todo, foram 700 ônibus. Quando o assunto são os municípios, o levantamento aponta 441 casos na cidade mais populosa do País. Apesar de alarmantes, talvez os números não surpreendam. No entanto, entristecem, uma vez que envolvem mortes, inclusive, de motoristas que não resistiram a queimaduras graves sofridas durante alguns desses ataques. Faz apenas um mês que 2019 começou e nesses 30 dias 23 coletivos já foram queimados, sendo 15 apenas no Ceará. Certamente, se dependesse apenas do Sindicato o cenário seria mais ameno.

Campanhas, manifestações, reuniões com parlamentares, não faltaram ações em busca de mudança. Há anos, o Sindmotoristas repudia esse tipo de crime e tenta impedir novas ocorrências. “É inadmissível que a nossa categoria continue sofrendo com esse tipo de problema. O relatório da NTU reforça a necessidade de mantermos o assunto entre as nossas prioridades e em nossa estratégia de luta. Não podemos permitir que esses números continuem crescendo e, muito menos, que outros companheiros sejam mortos enquanto cumprem a sua jornada”, disse o presidente, em exercício, do Sindmotoristas, Valmir Santana da Paz (Sorriso).