Bruno Covas destina mais R$ 7,4 milhões para pagar atrasados com empresas de ônibus

Viações assinaram parcelamento de débito do ano passado e não terão correção dos valores de subsídios que não tinham sido repassados

ADAMO BAZANI

O prefeito de São Paulo, Bruno Covas, autorizou a liberação de mais R$ 7,4 milhões (R$ 7.420.273,36) para pagamento de parte de uma dívida de R$ 174 milhões (R$ 174.202.733,59) que o poder público tem com as empresas de ônibus referente a repasses que não foram realizados pelas operações entre os dias 05 de 12 de dezembro do ano passado.

O dinheiro sai da conta de subsídios previstos para este ano, que deve ser insuficiente para bancar as operações.

O sistema custa R$ 8 bilhões por ano, mas as tarifas arrecadam R$ 5 milhões, sendo necessários em torno de R$ 3 bilhões de subsídios. A prefeitura propôs no ano passado no Orçamento para 2019, R$ 2,9 bilhões para os subsídios, mas a Câmara autorizou R$ 2,69 bilhões.

A dívida de R$ 174 milhões foi parcelada e sai deste total. A prefeitura já pagou R$ 100 milhões em dois repasses de R$ 50 milhões e dividiu em dez vezes os R$ 74 milhões restantes.

Em reunião entre a secretaria de mobilidade e transportes e as empresas de ônibus, no último dia 22 de abril, a prefeitura comunicou que, apesar de a dívida ser referente às operações do ano passado, não haverá correção sobre os valores.

Sobre o montante nominal total devido e indicado no item II não incidirá, em hipótese alguma, correção, atualização monetária ou qualquer outro encargo ou ônus financeiro previsto nos contratos emergenciais firmados, nada disso podendo ser reclamado pelas contratadas.