Sindmotoristas denuncia buracos e pede providências
Contra fatos e, muitas vezes, fotos, não há argumentos. Imagens feitas recentemente por diretores da Viação AE Carvalho mostram as péssimas condições das ruas de São Paulo. O cenário caótico não é novo. No entanto, as recentes chuvas de verão contribuíram para piorar ainda mais a situação. Reportagens publicadas na imprensa, no final de 2019, chegaram a apontar casos de vias com ruptura total, após descolamento do asfalto. O problema, normalmente, começa com uma fissura não resolvida, que acaba se transformando em um grande empecilho para pedestres e, sobretudo, motoristas de coletivos. Se não bastasse o estresse causado pelo trânsito, os trabalhadores ainda são obrigados a fazer malabarismo para driblar as irregularidades e minimizar os riscos e transtornos gerados aos passageiros. Preocupado, o Sindmotoristas deverá encaminhar, nos próximos dias, um ofício ao poder público cobrando providências urgentes e imediatas.
“Não podemos permitir que motoristas, cobradores e a população fiquem à mercê dessa situacão absurda que estamos verificando, principalmente, na Radial Leste e na Avenida Celso Garcia. Os motoristas de ônibus tentam passar com todo cuidado pelos buracos, mas nem sempre é possível, o que acaba por danificar os coletivos. Desviar dos buracos também não é uma opção, pois o risco de acidentes é maior. Por outro lado, não existe por parte do Poder Público nenhuma política de emergência para esses períodos de chuva. Sabemos que as fortes tempestades, que acontecem entre dezembro e fevereiro, são prejudiciais para o sistema viário da capital paulista, então alguma medida precisa ser tomada. Depois que o pior acontecer não vai adiantar mais. Os trabalhadores fazem a sua parte, mas muitas vezes foge do seu alcance e os ônibus acabam quebrando, causando grandes transtornos”, afirmou o presidente, em exercício do Sindicato, Valmir Santana (Sorriso) que tem acompanhado de perto a situação ao lado dos diretores Chiquinho e Luizão.
No dias de chuva, o perigo se torna maior, pois os buracos ficam cheios de água, enganando os motoristas que não têm ideia da profundidade. Pneus furados e peças danificadas são outros registros comuns. Entre janeiro e fevereiro de 2019, a Secretaria Municipal das Subprefeituras recebeu mais de 25 mil pedidos de tapa-buracos. O número corrobora o alerta feito pelo Sindmotoristas e alerta para a necessidade de um planejamento adequado para evitar novos estragos.
