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8 de Maio de 2024

Prefeito Ricardo Nunes atende diretores do SMTRUSP e recebe demandas da Campanha Salarial 2024

Prefeito Ricardo Nunes atende diretores do SMTRUSP e recebe demandas da Campanha Salarial 2024

O encontro com o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB) e diretores do SMTRUSP – Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo, aconteceu a partir das 18 horas de terça-feira (7), no gabinete do governo municipal, em que foi apresentado uma pauta com 4 (quatro) reivindicações de fundamental importância para os trabalhadores e trabalhadoras recuperarem o poder de compra dos salário e melhorias das condições de trabalho nos pontos principais e secundários das linhas.  

Dentre as demandas apresentadas consta a defasagem salarial absorvida pela categoria durante a pandemia da Covid – 19; a morosidade, por parte dos patrões, no processo de Negociação Coletiva; regularização da Lei Municipal Nº 16.060, de 13 de agosto de 2014, que dispõe sobre a Escola de Formação de Trabalhadores do Transporte Público (Garagem Escola) e retomar ações que consta na Lei Municipal Nº 15.778/2013, sobre condições sanitárias e de conforto nos locais de trabalho a céu aberto.

Ricardo Patah, presidente Nacional da UGT – União Geral dos Trabalhadores, destacou a importância da categoria “como estratégica para a cidade”. O secretário-geral da central sindical, Canindé Pegado, pediu por parte do prefeito um exame mais detalhado das reivindicações da categoria, que na pandemia trabalharam de forma efetiva para atender a população. Segundo levantamento do Sindicato, a COVID-19 ceifou mais de 1500 funcionários e funcionárias, deixou mais de 3 mil com sequelas.

O vereador Nunes Peixeiro (MDB), solicitou atenção especial para as solicitações do sindicato. “Tenho acompanhado de perto as demandas destes profissionais e a quantidade de reclamações pela falta de reconhecimento dos serviços prestados por eles para a população. Espero que o prefeito Ricardo Nunes e sua equipe, aprecie com muito carinho as solicitações apresentadas pelo presidente Edivaldo e demais diretores”, destacou o parlamentar.

O presidente do SMTRUSP, Edivaldo Santiago da Silva, destacou ao prefeito que conta com a ajuda da administração municipal para facilitar o caminho do diálogo com o setor patronal. “Não queremos tomar medidas drásticas que prejudiquem ninguém, queremos conversar e resolver as questões da categoria da melhor forma. A intervenção do prefeito com administrador da cidade pode ajudar demais neste processo”, afirmou.

Ricardo Nunes – apesar de considerar que a prefeitura “não faz parte direta das negociações – deseja que as conversas avancem de forma positiva para o bem da categoria e da população na cidade de São Paulo. Comentou, inclusive sua relação afetiva, pois seu pai foi cobrador e fiscal de ônibus na Viação Nossa Senhora do Socorro, que seu tio e sogro trabalharam de cobrador na Viação Bola Branca. “Permita afirmar que tenho uma ralação de carinho e de conhecimento dos problemas de vocês”.

Nailton Francisco de Souza (Porreta), secretário de Organização e Relações do Trabalho, Juventude e Pessoas com Deficiência, entregou documento com tais pontos para conhecimento do prefeito. E reforçou: “A administração tem o dever de ajudar a categoria, que trabalhou na pandemia, se dedicou nos momentos mais difíceis, o que está recebendo em troca são prejuízos como perdas salariais, multas do RESAM, falta de PLR, cujos benefícios são fundamentais na vida do trabalhador”, ressaltou.

Na próxima quinta-feira (09), acontece na sede do SMTTRUSP, a terceira reunião de negociação. Na sexta-feira, dia 10, uma ampla assembleia decisiva, também no Sindicato, vai deliberar sobre os próximos passos da Campanha Salarial. “Nós vamos resgatar as conquistas subtraídas da categoria. Esperamos fechar as negociações sem movimento paredista. Porém, se persistir o impasse é luta, é mobilização e a categoria unida em busca de seus objetivos”, afirmou o presidente Edivaldo Santiago.

Levantamento feito pela SAS do SMTRUSP demonstra perdas significativas nas CCTs

A Secretaria de Assuntos Socioeconômico (SAS) da entidade apresentou um estudo no qual consta que a partir de 2019 iniciou o acúmulo de perdas nas Convenções Coletiva de Trabalho (CCTs), que trouxeram prejuízos para os trabalhadores e trabalhadoras.

No total, 10 (dez) cláusulas ano a ano foram alteradas sem que fossem submetidas ou esclarecidas para a categoria. De acordo com o relatório a CCT com vigência 1º de maio de 2019 a abril de 2020, autorizou as empresas descontarem as multas do RESAM;  VR – Vale Refeição por dia trabalhado; PR – Participação nos Resultados passou a ser computado por dias trabalhados; os afastados pelo INSS perderam o direito de renovar o crachá funcional e o subsídio de 1 (um) ano no plano de saúde.

Na CCT com vigência 1º de maio de 2020 a abril de 2021, foi alterado o dia do pagamento do vale e salário para o quinto dia útil subsequente, caso estas datas coincidissem aos sábados ou domingo; reajuste de salário foi de 0%, mesmo com uma inflação de 2,6% – INPC/FIPE do período de maio 2019 a abril 2020; PR – Participação nos Resultados de R$ 1.200,00 (um mil e duzentos reais) divididos em 4 (quatro) vezes.

 A CCT com vigência 1º de maio de 2021 a abril de 2022, permitiu o parcelamento do  Reajuste Salarial de 7,59% INPC/FIPE do período de maio 2020 a abril 2021 foi em duas vezes da seguinte forma – 4% em maio e 3,59 só a partir de janeiro de 2022; a PR foi convencionado que em decorrência da pandemia da Covid – 19 este benefício ficaria suspenso e convencionou a implantação de 1 (uma) hora para refeição sem remuneração.