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24 de Janeiro de 2020

Mais de um pedestre é atropelado por dia em São Paulo

Mais de um pedestre é atropelado por dia em São Paulo

Antes de sermos motoristas, fomos todos apenas pedestres. No entanto, parece que ao receber a CNH, seja de carro, moto ou ônibus, muitos esquecem das suas responsabilidades diante daqueles que transitam a pé. O reflexo disso é o aumento no número de atropelamentos no ano passado na capital paulista, em relação a 2018. Foram 381 óbitos, ou seja, mais de um por dia, segundo dados apresentados pelo Infosiga. Houve, ainda, o registro de 36 mortes de ciclistas, 63% superior ao período anterior. Diante do cenário preocupante, o Sindmotoristas defende uma ação conjunta, com a participação da população e do poder público garantindo, assim, a segurança e a qualidade de vida dos munícipes. O objetivo é conscientizar os condutores sobre os seus deveres e ao mesmo tempo alertar os transeuntes em relação aos cuidados a serem tomados.

“Entendemos a necessidade de campanhas educativas permanentes, incluindo a promoção de melhorias da sinalização e das vias. O nosso Sindicato faz um trabalho constante junto aos motoristas, mostrando a sua responsabilidade no trânsito e a importância de respeitar e, até mesmo, cuidar do pedestre. É preciso ter consciência de que eles ficam acuados diante de um ônibus, por exemplo. Não podemos abusar do fato de sermos maiores, é injusto. Por outro lado, os pedestres também devem ser alertados para que tenham total atenção diante do trânsito caótico de São Paulo”, destacou o presidente, em exercício do Sindicato dos Motoristas, Valmir Santana (Sorriso).

Em 2019, a Prefeitura lançou o Movimento pela Vida Segura no Trânsito, que alia campanhas de conscientização e ações para melhorar a circulação de pedestres. Não dar passagem ao pedestre quando ele estiver na faixa ou ainda interromper a sua travessia, e parar com o veículo na faixa de pedestre na hora de espera para mudar o sinal são algumas das infrações vistas com frequência em São Paulo e consideradas gravíssimas. “Isso precisa mudar, é uma questão de respeito ao próximo. Os motoristas sabem que isso é errado, mas se deixam levar pela pressa ou pelo estresse diário”, mencionou Sorriso.