Câmara aprova orçamento sem mais dinheiro para subsidiar congelamento de tarifa de ônibus em São Paulo
Vereadores aprovaram a proposta de Orçamento elaborada pela equipe do atual prefeito, Fernando Haddad, para cidade de São Paulo em 2017.
O valor de R$ 54,5 bilhões de receita foi mantido pelos parlamentares.
No entanto, houve remanejamentos que atendem os interesses da equipe do prefeito eleito, João Doria, e dos vereadores, segundo a repórter Adriana Ferraz, do jornal O Estado de São Paulo.
Um dos exemplos é a transferência de R$ 146 milhões do Fundo Municipal de Desenvolvimento do Trânsito para a Secretaria de Governo.
O dinheiro vai custear campanhas publicitárias, segundo a equipe de Doria, voltadas para trânsito.
Haverá também aumento de R$ 177 milhões para as prefeituras regionais (novo nome que será dado às subprefeituras quando a gestão Doria começar), com verba passando de R$ 1,2 bi para R$ 1,37 bilhão.
Parlamentares também ganharam mais R$ 65 milhões para emendas.
SEM DINHEIRO PARA CONGELAR:
Uma das principais promessas de João Dória ficará sem mais dinheiro.
As verbas para subsidiar os custos dos transportes continuam como na versão original apresentada por Haddad, somando R$ 1,75 bilhão em 2017.
Este valor foi calculado já levando em conta o aumento das tarifas de ônibus.
Como João Dória reafirmou que não haverá reajuste em 2017, não há pelo menos no Orçamento, uma previsão de onde tirar o dinheiro.
O custo do congelamento tem vários números: a Câmara Municipal calcula que a promessa de João Dória custará mais R$ 760 milhões para o sistema. Já técnicos da prefeitura calculam um impacto de R$ 1,2 bilhão e João Doria diz que o congelamento terá um peso de R$ 550 milhões.
A próxima votação deve ocorrer no dia 20 de dezembro. Até lá, outras emendas podem ser apresentadas, inclusive a respeito dos subsídios.
Fonte – Diário do Transporte