Alckmin encomenda estudo para rever gratuidade em Metrô, CPTM e ônibus metropolitanos
Custos com benefícios devem ultrapassar R$ 600 milhões. Idosos empregados podem ter benefício cortado
O governador Geraldo Alckmin encomendou um estudo que pode fazer com que o total de gratuidades nas linhas da CPTM, do Metrô e metropolitanas de ônibus gerenciados pela EMTU seja reduzido, caindo assim o custo total para o sistema.
Houve alta de 220% nos custos dos benefícios que devem ultrapassar R$ 600 milhões neste ano somente no Metrô. No ano passado, as complementações para gratuidades somaram R$ 264 milhões.
Até agora foram desembolsados pelo governo do estado para complementação, R$ 529 milhões somente para o Metrô, sendo que R$ 219 milhões são para o passe livre de estudantes de baixa renda e para a meia tarifa aos outros estudantes. Os demais R$ 310 milhões são para gratuidades a idosos, desempregados e pessoas com deficiência.
O total de gratuidades para idosos com Bilhete Único especial subiu de 25 milhões de passageiros contemplados em 2013 para 51 milhões no caso de idosos em 2015.
Os passes livres que são policiais militares, guardas civis, oficiais de justiça, carteiros e idosos que não possuem o bilhete, mas que apresentam RG na catraca, passaram de 13,5 milhões para 16,9 milhões no mesmo período.
É justamente em relação aos idosos que o Governo do Estado de São Paulo deve fazer os cortes.
Assim como deve fazer o apadrinhado político João Doria com os ônibus municipais em São Paulo, Alckmin deve rever as gratuidades para idosos entre 60 anos e 64 anos em ônibus metropolitanos, Metrô e CPTM. O Estatuto do Idoso prevê o benefício a partir de 65 anos.
O governo do estado também cogita a possibilidade de cortar o benefício para idosos que trabalham com registro em carteira e possuem o vale transporte.
No caso da capital paulista, a revisão de gratuidades deve, além de diminuir a pressão sobre a deficitária conta do sistema dos ônibus, fazer com que João Doria cumpra sua promessa política de congelamento das tarifas.
Fone – Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes