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5 de junho de 2018

Em um ano de governo Temer, 853,6 mil postos de trabalho são extintos

Em um ano de governo Temer, 853,6 mil postos de trabalho são extintos

Ao longo de um ano de governo Michel Temer (PMDB), um total de 853.665 trabalhadores (as) perderam o emprego no Brasil, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho (MTE). Queda sobre o total de pessoas com emprego formal no país foi de 2,18%.
 
Nos primeiros cinco mês deste exercício foi registrada a abertura de 48,5 mil vagas formais. No mesmo período do ano passado, foram fechadas 448 mil vagas. Em maio deste ano, foram abertas 34.253 novas vagas no mercado de trabalho, sendo este o segundo mês de saldo positivo, com alta de 0,09%.
 
O ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, porém, evitou afirmar que a tendência de alta deva continuar nos próximos meses, talvez seja porque a taxa de desemprego no país subiu a 13,7% no trimestre encerrado em março, batendo recorde da série histórica, iniciada em 2012.
 
O percentual corresponde a uma estimativa de 14,176 milhões de desempregados – 1,834 milhão a mais em relação ao trimestre anterior (crescimento de 14,9%) e 3,087 milhões a mais em 12 meses (27,8%). Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada dia 28 de abril pelo IBGE, com vários recordes negativos.
 
Enquanto o total de desempregados também foi o maior da série, o contingente de ocupados (88,947 milhões) foi o menor. O país perdeu 1,315 milhão de ocupados (-1,5%) ante dezembro e 1,692 milhão em relação a igual trimestre de 2016 (-1,9%). O nível de ocupação (53,1%) também foi o menor.
 
Segundo a pesquisa, o número de empregados com carteira assinada no setor privado, estimado em 33,406 milhões, igualmente foi o menor da série da Pnad Contínua. Em relação a dezembro, são menos 599 mil pessoas (-1,8%). Na comparação com março do ano passado, menos 1,225 milhão (-3,5%).
 
Entre os setores, cai o emprego, em relação a dezembro, em agricultura/pecuária, construção, comércio/reparação de veículos e administração pública, que reúne várias atividades. Cresce duas áreas ligadas a serviços (alojamento/alimentação e informação/comunicação/atividades financeiras).
 
Ante o trimestre encerrado em março de 2016, apenas a construção fecha 719 mil postos de trabalho (-9,5%) e a agricultura/pecuária, 758 mil (-8%). São menos 342 mil na indústria (-2,9%), menos 295 mil na administração pública (-1,9%), menos 233 mil no comércio/reparação de veículos (-1,3%) e menos 184 mil nos serviços domésticos (-2,9%). Alojamento/alimentação abre 493 mil (11%) e informação/comunicação/atividades financeiras, 245 mil (2,5%).
 
Estimado em R$ 2.110,00, o rendimento médio ficou praticamente estável ante o trimestre imediatamente anterior, encerrado em dezembro, e também em relação a igual trimestre de 2016, segundo o IBGE. O mesmo acontece com a massa de rendimentos (R$ 182,935 milhões).