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24 de Fevereiro de 2019

Vice governador de SP recebe secretário geral do Sindmotoristas/SP

Vice governador de SP recebe secretário geral do Sindmotoristas/SP

Na tarde da última quinta-feira (21), o Vice governador do Estado de São Paulo, Rodrigo Garcia, ouviu do secretário geral do Sindmotoristas,  Francisco Xavier (Chiquinho),  relatos sobre as preocupações dos condutores com o desfecho da licitação das linhas de ônibus da Capital Paulista, que desde a gestão do ex-prefeito Fernando Haddad (PT) causa insegurança.

Segundo Chiquinho, em 2013, foi apresentado pelo, então, secretário Municipal de Transportes, Jilmar Tatto, o modelo de licitação, que  previa, entre outras mudanças, o enquadramento das cooperativas, redução das linhas de ônibus e, consequente, redução da frota de veículos; e a construção de 430 quilômetros de corredores. O objetivo era estimular a concorrência do maior sistema de transporte coletivo urbano da América Latina.

O dirigente ressaltou que, na ocasião,  o Poder Público pretendia renovar os contratos de concessão com modificações que visasse à racionalização do sistema. “A reorganização seria feita com base na infraestrutura já instalada, mas com as seguintes alterações: redução de sobreposições de linhas nos corredores estruturais de transportes; redução no número de linhas que vão para o centro da cidade; e criação de linhas perimetrais, que ligam bairros e regiões, sem necessidade de passar pelo centro”.

Chiquinho disse ainda ao vice-governador que implicitamente no conjunto da proposta existiam dezenas de pegadinhas que iriam resvalar na categoria. “O desemprego em massa e o fim dos postos de trabalho dos cobradores viraram obstinação dos patrões e da prefeitura de São Paulo. Na gestão do ex-prefeito João Doria e seu sucessor Bruno Covas (PSDB), o fantasma do desemprego persiste nitidamente nas empresas que mudaram de nomes para participar da licitação”, alertou.

A direção do Sindmotoristas estima que entre cinco mil e seis mil postos de trabalho podem ser fechados no setor, com a adoção do novo sistema de transportes que deverá ser implantado gradativamente após a assinatura dos contratos com as empresas de ônibus urbano que participam da licitação e afetará os cargos de motoristas, cobradores, fiscais e funcionários do setor de manutenção.

“Há uma iminente tragédia social, com o desemprego em massa na categoria. Estamos em estado de alerta permanente. Realizaremos muito em breve uma plenária com os trabalhadores (as) das empresas do Grupo VIP; Viação Cidade Dutra; Via Sul, Transkuba, Campo Belo e definiremos uma campanha em defesa dos empregos e dos direitos trabalhistas. O que para os patrões não é ilegal, mudar os nomes das empresas, no mínimo aos olhos da sociedade é imoral”, finaliza o sindicalista.

O vice governador, Rodrigo Garcia, após tomar conhecimento dos fatos sobre a licitação de ônibus, na Capital, colocou-se a disposição para colaborar para um entendimento entre os condutores, a Prefeitura e os empresários de ônibus.

A reunião ainda contou com a presença do presidente nacional da UGT, Ricardo Patah, do diretor da central, Chiquinho Pereira e do deputado federal, Luiz Carlos Motta.