Valdevan Noventa - Um líder não nasce por acaso!

5 de junho de 2018

Valdevan Noventa questiona autenticidade nos registros de casos de febre amarela

Valdevan Noventa questiona autenticidade nos  registros de casos de febre amarela

Ainda indignado com a morte do motorista Davi Canenaghi, o presidente do Sindicato dos Motoristas, Valdevan Noventa, tem questionado os baixos índices nos registros dos casos de febre amarela no país. A indagação do sindicalista se deu após ele ter acesso ao atestado de óbito do motorista.

Conforme o documento, Davi morreu no dia 15 de janeiro por conta de “hemorragia pulmonar, hepatite fulminante, icterícia febril e febre hemorrágica”. Ou seja, todos sintomas característicos da febre amarela. O atestado de óbito foi emitido pelo Hospital das Clínicas (HC) – local onde foi internado antes de morrer -, e assinado pelo médico Amaro Nunes Duarte Neto.

“Apesar da descrição, curiosamente, o atestado sequer conta com observações como um quadro de ‘suspeita’ ou algo do gênero. É por essas e outras que os índices parecem ser menores em tempos que as notícias de mortes com os sintomas têm aumentado gradativamente”, afirmou o presidente. 

Em entrevista ao jornal Agora São Paulo, a irmã Ana Cavenaghi não escondeu sua indignação pela forma como Davi foi tratado nos hospitais. “Tratar febre amarela com simples analgésicos é uma vergonha. Ele foi vítima da peregrinação da morte”, criticou.

A equipe de jornalismo do sindicato procurou o Hospital das Clínicas. No entanto, o mesmo informou que “Os médicos não estão autorizados a conceder entrevista. Além disso, o centro médico não comenta sobre casos relacionados a febre amarela”.  Ainda, de acordo com a assessoria de imprensa do hospital, as confirmações da doença são feitas apenas pela Secretaria Estadual de Saúde.

Em contato com o órgão estadual, a equipe recebeu a informação de que “Em situações de suspeita, a investigação é feita pela secretaria de saúde do próprio município”. 

Ao ser questionada se Davi Evangelista morreu decorrente de febre amarela, a Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo afirmou não falar sobre casos isolados. Além disso, garantiu que, até agora, não foi constatada nenhuma morte pela doença em que o paciente tenha contraído a mesma na capital. Todos os óbitos foram de pessoas vindas de outras regiões.

 

Sindicato exige lote com 55 mil vacinas junto a Prefeitura

A morte do motorista Davi Cavenaghi gerou preocupação nos demais trabalhadores da categoria.Por isso, a Secretaria de Saúde da entidade solicitou a liberação de lote com 55 mil vacinas para imunização da febre amarela de motoristas, cobradores e demais profissionais nas 32 garagens de ônibus.

Com supervisão da Secretaria Municipal de Saúde, as vacinas seriam aplicadas por médicos e enfermeiros nos ambulatórios das empresas.

No entanto, até o momento o pedido do Sindicato não foi atendido. A atual gestão justifica que “não existem vacinas com quantidade suficiente em estoque para fornecimento”.

“Estamos desde outubro do ano passado solicitando as vacinas. Vamos intensificar os pedidos e cobrar providências. Afinal, isso é uma questão de saúde pública e vidas estão em risco. Estaremos acompanhando os andamentos de perto até que as vacinas sejam viabilizadas”, afirmou Valdevan Noventa.