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4 de Maio de 2024

Diretoria do SMTTRUSP e comissão de negociação na quinta reunião de preparação traçam ações para as próximas lutas na Campanha Salarial 2024

Diretoria do SMTTRUSP e comissão de negociação na quinta reunião de preparação traçam ações para as próximas lutas na Campanha Salarial 2024

A Diretoria plena do SMTTRUSP (Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo) e os membros da comissão de negociação se reuniram nesta sexta-feira (03), na sede da entidade.

A Campanha Salarial está chegando na hora da verdade, por isso a preparação dos companheiros e das companheiras que atuam junto à categoria nas garagens torna-se fundamental. “Os membros da comissão são formadores de opinião e precisam estar prontos para a luta conjunta”, destacou o secretário-geral, José Alves Pinheiro Neto (Netinho).

Na quinta reunião de preparação, os representantes tiveram a oportunidade de conhecer dois momentos emblemáticos de luta da entidade: a greve de 1979 e a eleição de 1988.

O companheiro Orlando Moreira Júnior (Bira), ex-diretor do SMTTRUSP, lembrou que a categoria superou a truculência do governo militar com todo tipo de perseguição e a conjuntura econômica perversa em 1979 – como arrocho salarial e inflação galopante – para mobilizar a categoria e conquistar benefícios históricos.

Entre eles estavam a equiparação do piso salarial, passe livre, melhores condições nos locais de trabalho, além do fim da intervenção no sindicato que permitiu a realização de eleições.

“Foi em cima do caminhão da PM, no dia 02 de maio na frente do Sindicato, que transformamos aquela luta em conquistas numa grande mobilização com 100% de adesão da categoria”.

Em 1988/1989, segundo Luiz Gonçalves (Luizinho), presidente da Nova Central Sindical de Trabalhadores no Estado de São Paulo (NCST-SP), a diretoria do Sindicato teve habilidade para costurar uma Convenção Coletiva de Trabalho, cujas conquistas serviram de parâmetro para outras classes: redução da jornada de trabalho, cesta básica, reajuste salarial medido pelo IPC-DIEESE, além do fortalecimento do trabalho nas garagens com as comissões, CIPA forte e militância atuante.

“Nesta jornada contamos com o entendimento e a sensibilidade da ex-prefeita Luiza Erundina e de sua secretária dos transportes, Tereza Lajolo, para a construção de um acordo histórico para a categoria, onde muitas cláusulas perduram até hoje”.

Luta para resgatar 4 anos perdidos

“Falamos em conquistas históricas, mas agora precisamos resgatar as perdas dos últimos 04 anos”, observou o secretário de organização e relações do trabalho, Nailton Francisco de Souza (Porreta).

Numa apresentação objetiva, o companheiro listou as perdas – em decorrência de irresponsabilidades do ex-presidente e da avareza dos patrões. Multas do RESAM, desconto do VR, fim do subsídio do convênio médico aos afastados pelo INSS, uso do crachá apenas para os trabalhadores da ativa, dias descontados na composição do PR (Programa de Resultados), mudança da data de pagamento de salários e vale, 1 hora sem remuneração no intervalo para refeição, sopa de letrinhas na manutenção, dentre outras perdas.

Pautas serão apresentadas ao prefeito Ricardo Nunes

Na Campanha Salarial, o presidente Edivaldo Santiago prometeu resgatar as perdas da categoria. Portanto, nossas reivindicações serão expostas na reunião com o prefeito Ricardo Nunes, bem como um panorama da frota de ônibus, que está defasada expondo os trabalhadores a situações diárias de estresse físico e mental. Perdas dos trabalhadores na pandemia, projeto Garagem Escola e implantação de estrutura nos pontos finais também serão discutidas entre as partes.

Atualização do Plano de Lutas

Na reunião, aos companheiros e companheiras da comissão de negociação, foram repassados todos os itens do plano de ação da Campanha Salarial – deliberados e aprovados em assembleia dia 1º de maio – com a inclusão da agenda de lutas nos próximos dias que contempla a reunião com o prefeito (07), terceira reunião com o patronal (09) e assembleia específica da manutenção e grande Assembleia Geral Decisiva (dia 10).

“Chegou a hora da verdade nesta campanha salarial. Como disse meu amigo Bira, nosso sentimento classista tem que estar forte para batalharmos com coragem pelo que é nosso por direito. Nossa história construída à base de lutas, sofrimentos, prisões, perseguições será respeitada”, afirmou o presidente Edivaldo Santiago.