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6 de junho de 2024

Presidente do SMTRUSP aceita defender suspenção da Greve Geral em audiência de conciliação no TRT

Presidente do SMTRUSP aceita defender suspenção da Greve Geral em audiência de conciliação no TRT

 

Em audiência de conciliação encerrada, quarta-feira (05), na sede do TRT/SP – Tribunal Regional do Trabalho 2ª Região de São Paulo, com mediação do desembargador relator, Davi Furtado Meirelles, as partes, SMTRUSP – Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo) e representantes do sindicato patronal (SPURBANUSS), concordaram em reabrir as negociações das cláusulas econômicas, ainda pendentes.

No entanto, o processo de negociações se dará a partir da formação de uma Mesa Técnica, perante o Tribunal de Contas do Município (TCM), com a presença de técnicos do SMTTRUSP, setor patronal, SPTRANS (São Paulo Transportes), Câmara Municipal, podendo ser convidados representantes do Ministério Público do Trabalho (MPT) e do próprio TRT-SP.

A direção do Sindicato, na liderança do presidente Edivaldo Santiago, convocará ASSEMBLEIA GERAL, para quinta-feira, 06 de junho, a partir das 10 horas na sede da entidade, para deliberação e eventual aprovação ou não desta proposta e suspensão da greve até o dia 30 de junho. O resultado da assembleia será remetido ao Tribunal até às 12 horas de quinta-feira (06).

Caso a suspensão seja aprovada, a entidade no período das negociações permanecerá em ESTADO DE GREVE para realização de ações de mobilização junto a categoria, conforme exposto na decisão em audiência no tribunal. Em possibilidade de rejeição da proposta na assembleia, o desembargador decidirá quanto ao pedido da entidade de tutela antecipada para o movimento paredista na cidade.

A audiência ocorreu por causa de um pedido da Prefeitura de São Paulo à Justiça do Trabalho para que fosse garantida 100% da frota de ônibus nos horários de pico durante a greve, e ao menos 80% no restante do dia e também pedia uma multa diária de R$ 1 milhão contra o sindicato caso essas medidas não sejam respeitadas, e que a Justiça proibisse bloqueios de ônibus na saída das garagens, vias públicas e terminais de passageiros.

“Neste momento decisivo, não temos o direito de errar e muito menos motivos para nos precipitarmos. Pela segunda vez, demonstramos nosso desejo de continuar a negociar e procurar avançar mais nas questões econômicas. Desde o início das negociações que definimos nossa estratégia, que até o momento atingiu nossos objetivos. Continuaremos firmes no propósito de fazer o que for melhor para os trabalhadores e trabalhadoras”, afirmou o presidente do SMTRUSP, Edivaldo Santiago da Silva.

Principais reivindicações da categoria:

A indicação de que categoria poderia cruzar os braços ocorreu na última segunda-feira (3), diante de um impasse nas negociações de reajustes dos salários e benefícios trabalhistas. Representantes dos trabalhadores e das dez empresas que operam o serviço na capital discutem essas questões desde o ano passado.

Os empregados pedem reajuste de 3,69% pelo IPCA (inflação oficial), mais 5% de aumento real e reposição das perdas salariais na pandemia na ordem de 2,46%, índice calculado com base em dados do Dieese.

É uma pedida superior aos 2,77% e recomposição da diferença pelo Salariômetro, que é um indicador medido pela Fipe, oferecidos pelo setor patronal.

Existem outros pontos na pauta, com destaque para reclamações quanto ao aumento da jornada, que passou de seis horas meia para oito horas efetivamente trabalhadas por dia.