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25 de novembro de 2022

Abordagem sobre relações raciais e preconceito no Brasil terá continuidade em uma série de seminários no Sindmotoristas

Abordagem sobre relações raciais e preconceito no Brasil terá continuidade em uma série de seminários no Sindmotoristas

Por iniciativa da Secretaria de Igualdade Racial do Sindmotoristas, foi realizado o Seminário “Relações Raciais no Brasil e o genocídio do povo preto” no auditório da entidade, na tarde desta sexta-feira (25).

Trabalhadores em transportes juntamente com representantes de instituições afins debateram esse tema tão oportuno. Aliás, foi o primeiro de uma série de seminários que acontecerão. O próximo já está previsto para janeiro de 2023. A ideia é incentivar, na categoria, formadores e multiplicadores de opinião.

Para o organizador do seminário e secretário de Igualdade Racial do sindicato, José Carlos Souza Ferreira (Negão), o seminário foi bastante positivo, mas como o assunto é abrangente, merece novas discussões.

“A sociedade em geral está presa ao conceito da violência física que a população preta tem sofrido ao longo da história do país, aquela que consta da estatística vergonhosa de pessoas que, por causa da cor da sua pele, são discriminadas, julgadas e as que mais morrem vítimas da ação policial. Mas existe o preconceito silencioso que também é uma forma de violência tão cruel quanto à física. As portas estão fechadas para as oportunidades. O povo preto tem acesso restrito aos direitos básicos”, enfatizou o dirigente.

Como muita propriedade, o palestrante do dia, o professor João Mendes, pertencente à União de Negros pela Igualdade (UNEGRO), fez um relato do preconceito e do genocídio da raça ao longo da história do Brasil.

De uma maneira geral, a compreensão dos participantes é de que a sociedade brasileira não se reconhece, embora seja formada por 56% de pretos e pardos.

No seminário, a declaração do presidente eleito Luiz Inácio LULA da Silva no Dia da Consciência Negra foi muito elogiada. “Ainda hoje, existe um racismo silencioso e cúmplice, que se expressa nas oportunidades negadas à maioria do povo pela cor da pele. O racismo é filho do ódio e da intolerância e desumaniza a todos nós. E por isso é uma luta de todos.

O presidente do Sindmotoristas, Naílton Francisco de Souza (Porreta), defendeu que é papel do sindicato e das instituições promover debates como esse a fim de despertar consciência de que numa sociedade que quer avançar democraticamente é intolerável o preconceito, o racismo.