Valdevan Noventa - Um líder não nasce por acaso!

Trabalho sem registro e baixos salários: a nova e triste realidade dos trabalhadores brasileiros

O que todos temiam aconteceu, o retrocesso nas relações de trabalho, primeiro com a Reforma Trabalhista e, depois, a “pá de cal” com a minirreforma que retirou ou precarizou ainda mais os direitos trabalhistas.
Por trás da divulgação recente dos números positivos a respeito da redução da taxa de desemprego, está a dura realidade: a disparada de vagas informais, sem registro e salários achatados. Dados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio) confirmam o crescimento acentuado da informalidade. São seis trimestres móveis consecutivos seguindo essa tendência.
Embora preocupante, as estatísticas não surpreendem. Elas apenas reforçam a antiga certeza de que as novas regras foram criadas, apenas, para precarizar o emprego.

O espaço dado ao trabalho informal mostra o retrocesso gerado com o desmonte da legislação trabalhista. Aparentemente, é difícil reverter o cenário. Caberá aos representantes das categorias profissionais atuarem de forma efetiva para evitar que os trabalhadores sejam atingidos pelas mudanças. Esse papel de resistência o Sindmotoristas tem desempenhado com eficiência. Não é à toa que condutores, cobradores e funcionários da manutenção impediram que decisões arbitrárias do poder público e do setor patronal atingissem seus direitos e emprego.

Estamos atentos a qualquer movimento que comprometa o sistema de transporte público da maior cidade da América Latina. A ambição desenfreada por lucros dos empresários de ônibus em conluio com a Prefeitura não será saciada às custas do sacrifício humano (nem dos condutores, nem dos usuários de ônibus).

Valmir Santana da Paz (Sorriso)
Presidente