Cipeiros se comprometem a intensificar a fiscalização das cláusulas de saúde e segurança nas empresas, durante encontro promovido pelo sindicato

Atendendo a convocação do Sindmotoristas, cipeiros de todas as garagens do sistema prestigiaram o encontro do segmento, realizado na manhã desta terça-feira (09), no auditório da entidade.
O evento foi 100% presencial, após dois anos suspenso devido à crise sanitária decorrente da COVID 19.
Na programação, foi feita uma abordagem sobre o papel da CIPA, as condições de trabalho nas garagens, os problemas mais freqüentes e as soluções, o cumprimento das normas regulamentadoras (NRs) e outras questões relacionadas e de relevância para a categoria.
Mas, o tema central da reunião foi discutir a fiscalização nas empresas quanto ao cumprimento da sentença normativa disposta no julgamento do dissídio de greve do Tribunal Regional do Trabalho – 2ª Região (TRT). Ao todo são 25 cláusulas relacionadas à segurança e saúde do trabalhador em transporte.
Na abertura, o secretário de saúde, Valdemir de Jesus Santos (Mi) convidou os participantes para prestarem um minuto de silêncio em homenagem as 680 mil vidas perdidas para o coronavírus (até o momento), entre elas, centenas de companheiros e companheiras da categoria.
Mi lamentou a indiferença e a falta de sensibilidade do setor patronal para os trabalhadores em transportes que morreram na pandemia e virou as costas para aqueles que continuam doentes, sofrendo com as seqüelas da doença.
O presidente em exercício, Valmir Santana da Paz (Sorriso) parabenizou todos os cipeiros. Lembrou da responsabilidade que o cargo exige, pois já atuou na CIPA da antiga Viação Bola Branca. O dirigente também criticou as empresas de ônibus que relutam em participar do processo de discussões a respeito da forma e condições da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) deste ano.
Na mesma linha de pensamento, o presidente licenciado do Sindmotoristas, Valdevan Noventa foi duro nas críticas. “É uma covardia o que os patrões estão fazendo: perseguir os membros da comissão da PLR nas garagens. Se eles não abonarem as faltas e pagarem os salários destes companheiros que estão legalmente afastados, terão que arcar com as conseqüências dos seu atos. Estamos prontos para fazer novas paralisações”.
Na sua vez, o secretário da manutenção, Naílton Francisco de Souza (Porreta) fez uma exposição das lutas e conquistas da entidade. Destacou o marco histórico da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) de 1996, que deu mais ferramentas, além das normas regulamentadoras (NRs), para os cipeiros batalharem por um ambiente de trabalho mais saudável e seguro.
Ao final, todos assumiram compromisso de intensificar a fiscalização e garantir nas empresas de ônibus do sistema que sejam respeitadas as cláusulas da CCT pertinentes à saúde e segurança dos trabalhadores da categoria.