Sindmotoristas alerta categoria sobre câncer de próstata
Mais do que um simples preconceito, uma ameaça à vida. Às vésperas da campanha Novembro Azul, que busca conscientizar o público masculino sobre o câncer de próstata, o Sindmotoristas chama a atenção da categoria: há uma chance de escolher entre vencer ou morrer. É isso mesmo. Especialistas são incisivos ao afirmar que a descoberta precoce da doença aumenta significativamente a chance de cura. No entanto, para que o diagnóstico seja feito na fase inicial, é fundamental a realização dos exames de rotina, a partir dos 45 anos ou antes para aqueles que contam com histórico familiar. O silêncio da enfermidade é outro motivo relevante para que a procura de um profissional seja feita anualmente e não apenas quando houver sintomas. De acordo com o Ministério da Saúde, o câncer cresce lentamente e pode não dar sinais durante anos. Ou seja, o cenário é claro: não restam motivos para tabu.
“O nosso Sindicato prioriza a saúde do trabalhador, de forma que ele esteja apto a exercer a sua função e cuidar da sua família. Oferecemos a estrutura e o auxílio necessários para que os companheiros possam tirar dúvidas e ser atendidos por bons especialistas. Porém, não depende apenas de nós. A visita constante ao médico deve ser algo que faz parte do dia a dia da categoria. Sobretudo, quando se trata de uma doença tão grave como o câncer. Por isso, peço que fiquem atentos e deixem de lado qualquer vergonha. Vergonha é ficar doente por preconceito”, afirmou o presidente, em exercício do Sindmotoristas, Valmir Santana (Sorriso), referindo-se ao toque retal, ainda evitado por muitos homens.
Talvez nem todos estejam cientes da eficácia do exame. Muitos acreditam que o chamado PSA (de sangue) é suficiente para descobrir o tumor. Porém, já foi constatado que aproximadamente 20% dos casos positivos encontrados por meio do toque retal podem contar com PSA normal ao diagnóstico. A verdade é que os dois exames juntos (toque e PSA) conseguem diagnosticar 80% das situações de neoplasia de próstata. Seguir hábitos saudáveis também está entre as recomendações dos médicos para evitar a doença. Na lista, está a prática de atividades físicas, não fumar, evitar bebidas alcoólicas e manter uma alimentação rica em vegetais, já que o sobrepeso e a obesidade estão entre os fatores de risco, assim como idade e hereditariedade.
“Assim como o Outubro Rosa, estamos organizando um evento para tratar desse assunto e tirar as dúvidas dos trabalhadores. Essas palestras já são tradicionais e integram a nossa programação anual”, mencionou Sorriso que, diante das estatísticas, entende a importância de informar os companheiros. Em 2018, por exemplo, foram mais de 68 mil novos casos. Esses valores correspondem a um risco estimado de 66,12 casos a cada 100 mil homens, além de ser a segunda causa de morte por câncer em homens no Brasil, com mais de 14 mil óbitos. “Os números falam por si só”.