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2 de setembro de 2019

Setembro Amarelo: Sindicato alerta para prevenção do suicídio

Setembro Amarelo: Sindicato alerta para prevenção do suicídio

Há quem o veja como covardia e há, também, quem acredite estar longe de um indivíduo predisposto a tirar a própria vida. Apesar das estatísticas alarmantes, o suicídio ainda é um tabu, assim como a depressão continua sendo vista como “frescura”. No entanto, no mês de prevenção e abordagem do tema, o Poder Público e os profissionais de saúde costumam mostrar que o cenário não é tão simples e está mais perto do que podemos imaginar.

Dados da Organização Mundial de Saúde apontam o suicídio como a segunda principal causa de morte entre jovens com idade entre 15 e 29 anos. Além disso, o órgão mostra que aproximadamente 800 mil pessoas desistem de viver no mundo, a cada ano. Quando se fala em Brasil, uma pesquisa da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) constatou um aumento de 24%, entre 2006 e 2015, no número de suicídio entre adolescentes.

Não é à toa que foi criada a campanha Setembro Amarelo que, neste ano, vai enfatizar a necessidade de atenção especial com a integridade física e mental do público infantojuvenil. Na visão de especialistas, o tempo de exposição ao mundo virtual pode estar entre as principais causas do crescimento nos índices de suicídio pelos jovens. O ministro da Saúde, Luis Henrique Mandetta, observa uma dificuldade desse grupo em lidar com a confusão entre o mundo on line e as exigências e frustrações cotidianas do universo fora da rede mundial de computadores.

Por isso, a importância de familiares e educadores estarem atentos a qualquer mudança de comportamento, como aumento da ansiedade, isolamento, afastamento da família e de amigos, adesão ao cyberbullying, agressividade, baixo rendimento escolar e transtornos de sono e de alimentação. É comum, algumas dessas manifestações serem confundidas como próprias da adolescência mas, muitas vezes, são um aviso e é preciso acompanhar de perto para evitar que seja tarde demais, garantem psicólogos e psiquiatras.

Porém, vale lembrar, que o assunto não está ligado apenas aos jovens. É uma questão a ser tratada em todas as faixas etárias, sobretudo, em categorias nas quais o estresse faz parte do dia a dia. A tão falada, atualmente, Síndrome de Burnout, é desenvolvida pelo esgotamento profissional e pode, caso não seja tratada, levar o indivíduo a interromper a própria vida.

“É fundamental que a pessoa procure ajuda quando perceber que não está conseguindo lidar com as dificuldades, problemas ou, até mesmo, fatos corriqueiros do cotidiano. Falar pode ser o melhor remédio. A saúde mental dos trabalhadores também está entre as prioridades do Sindmotoristas, já que os companheiros vivem sob pressão e estão sempre submetidos ao trânsito caótico da capital paulista”, afirmou o secretário de Saúde do sindicato, Valdemir Santos (Mi).

O Centro de Valorização da Vida (CVV) é uma excelente opção para quem busca apoio emocional de forma gratuita e voluntária. Os atendimentos podem ser feitos por telefone, pelo 188, ou via internet, pelo site onde há um chat disponível. O contato é sigiloso e pode ser feito 24 horas por dia.