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20 de junho de 2018

Reforma Trabalhista não gera empregos, apenas retira direitos

Reforma Trabalhista não gera empregos, apenas retira direitos

Ela foi implantada com a promessa de gerar empregos. No entanto, trouxe apenas retirada de direitos e fragilidade ao vínculo empregatício. Sete meses depois da entrada em vigor da Reforma Trabalhista, dados comprovam a tentativa do governo de enganar os trabalhadores para colocar em prática mais uma decisão arbitrária e contrária aos interesses das categorias profissionais.

Para o Sindmotoristas, o balanço negativo não surpreende. Durante o 7º congresso do Sindicato realizado no final de 2017, a diretoria da entidade criticou duramente as mudanças previstas na legislação. E não parou por aí. Já imaginando o pior, a Campanha Salarial deste ano teve como lema Reforma Trabalhista? Aqui não! O objetivo foi evitar que os companheiros fossem vítimas do “pacote de maldades” estabelecido pelo poder público.

O resultado foi vitorioso e no que depender do Sindmotoristas, os trabalhadores em transporte vão continuar passando ilesos pela reforma. O problema é que no âmbito geral não é possível evitar que os brasileiros sofram com a flexibilização das leis trabalhistas. Muitos chegaram a acreditar que as mudanças trariam novas oportunidades, conforme pregou o governo.

Notícias veiculadas na mídia chegaram a afirmar que a reforma tinha como premissa a modernização da CLT para acompanhar a evolução tecnológica do mercado de trabalho e facilitar a geração de emprego, sobretudo, em períodos de crise. Porém uma pesquisa feita no trimestre de dezembro de 2017 a fevereiro de 2018 mostrou que 12,6% da população encontra-se desempregada, totalizando 13,1 milhões de desocupados, superando o trimestre anterior em que a taxa de desocupação era de 12%.

As informações mostram que a geração de empregos está atrelada ao bom desempenho da atividade econômica e não a flexibilização da legislação trabalhista. As únicas ocupações que estão sendo geradas são na informalidade, sem direito a férias 13º salário e licença maternidade. Diante desse cenário, o Sindmotoristas continuará acompanhando de perto o comportamento dos patrões e pede que os companheiros fiquem atentos e comuniquem ao Sindicato caso se sintam lesados ou tenham seus direitos retirados.