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26 de Maio de 2020

Realidade dos Condutores de São Paulo na pandemia do COVID 19 é tema do programa Ideias em Debate

Realidade dos Condutores de São Paulo na pandemia do COVID 19 é tema do programa Ideias em Debate

A difícil e estressante realidade dos condutores de São Paulo em meio à pandemia do coronavírus tem sido tema frequente da mídia nacional. Recentemente, a situação desses trabalhadores foi abordada no programa “Ideias em Debate”.

Assim como profissionais da saúde, segurança, limpeza e outros com exposição maior ao vírus, os trabalhadores em transportes também estão inseridos no grupo de risco.
Falando pela categoria no programa, o secretário geral do Sindmotoristas, Francisco Xavier da Silva (Chiquinho), destacou que motoristas e cobradores são peça-chave neste momento crítico. “Esses companheiros, por prestarem um serviço essencial à população, têm maiores chances de serem infectados”.
PROTEÇÃO NO TRABALHO
O dirigente enfatizou o esforço dos representantes dos condutores para garantir ferramentas de segurança e proteção. Disse que sob o comando do deputado federal e presidente do sindicato, Valdevan Noventa, estão há mais de 50 dias cobrando e fiscalizando o Poder Público e os empresários de ônibus o fornecimento regular de máscaras e álcool em gel, mas esbarraram na má vontade de algumas empresas que, a princípio, alegaram dificuldades para adquiri-los. “O Sindmotoristas teve que recorrer à Justiça para garantir o fornecimento de EPIs para todos os trabalhadores do sistema”, lembrou Chiquinho.
A postura de parte do setor patronal foi duramente criticada pelo diretor do sindicato que a classificou como absurda, afinal são milhares de vidas que estão em jogo. “Máscara e álcool em gel devem ser fornecidos não somente para os motoristas e cobradores que fazem o enfrentamento direto da pandemia, mas também para os profissionais da manutenção que estão nas garagens. E não adianta fazer economia. Dar um tubo de 50 ml de álcool em gel para o motorista usar durante a semana não vai funcionar. A reposição tem que acontecer pelo menos a cada dois dias. É dever dos empresários proporcionar o mínimo de segurança. Hoje, os condutores estão trabalhando amedrontados”.
LOTAÇÃO NO TRANSPORTE PÚBLICO
O efeito trágico da ampliação do rodízio de carros na cidade de São Paulo, que resultou no aumento do número de passageiros e, consequente, lotação no transporte público, foi outro assunto abordado no programa.
O sindicalista disse que esse caos foi previsto pela direção do Sindmotoristas. Segundo ele, neste decreto do prefeito Bruno Covas deveria constar o aumento da frota de ônibus em circulação, ou seja, uma oferta maior de transporte para garantir o distanciamento social.
MORTES NA CATEGORIA
O entrevistador Mauro Ramos ficou surpreso com os números alarmantes de ocorrência do coronavírus na categoria. Dados mais recentes da Secretaria de Saúde do sindicato registraram 35 óbitos e 580 trabalhadores contaminados.
ERA PÓS PANDEMIA
Chiquinho disse que a situação dos condutores pós pandemia é algo que está tirando o sono dos dirigentes, que estão preocupados com a estabilidade do emprego e do salário desses companheiros. “Temos consciência que na história do mundo as crises tiveram consequências econômicas e sociais terríveis. Após vencermos o coronavírus, teremos que enfrentar outro enorme desafio, pois haverá fechamento de empresas, desemprego em massa e uma nova pandemia, a da fome. Então, como vamos lidar com essa realidade? O brasileiro é forte, sabemos disso. Mas precisaremos buscar forças extras, pois teremos dias difíceis neste país”, finalizou Chiquinho.