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23 de setembro de 2018

Por dentro do sistema de transporte coletivo da capital paulista

Por dentro do sistema de transporte coletivo da capital paulista

Em dias úteis, são contabilizados aproximadamente 10 milhões de passageiros no sistema. O número é próximo à população total do município, pois a cada vez que uma pessoa passa pela catraca, é contabilizada.

Para atender à demanda, são, em média, 1.300 linhas de ônibus, sendo 150 linhas noturnas, que operam da meia-noite às 4h, ligando alguns bairros ao centro de São Paulo e suprindo a demanda de passageiros no caminho do Metrô, nos momentos em que os trens não estão circulando.

Na circulação da frota noturna, segundo a SPTrans, o intervalo entre as linhas estruturais é de aproximadamente 15 minutos e das locais, 30 minutos.

Contabilizando os ônibus que operam durante a noite e o dia, são atualmente quase 14.500 veículos cadastrados. Desta frota, 93% possui acessibilidade. Neste ano, 1.067 novos ônibus foram entregues ao sistema.

A SPTrans é responsável por todo o planejamento do sistema, a programação das linhas e a fiscalização da frota dos ônibus da cidade. Os serviços nos terminais também são fiscalizados e a São Paulo Transporte é responsável ainda pelo controle da receita e remuneração das operadoras.

ÁREAS DE OPERAÇÃO

A cidade de São Paulo está dividida por áreas de operação, segundo informações da SPTrans. Isso explica a divisão de cores dos ônibus que circulam pela capital paulista.

Confira o mapa com a divisão detalhada por área, quantidade de linhas, dimensão de frota e número de passageiros:

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Cada área está sob a responsabilidade operacional de um consórcio de empresas, divididos da seguinte maneira:

  • Área 1 – Noroeste – Verde Claro Consórcio Bandeirante de Transporte;
  • Área 2 – Norte – Azul Escuro: Sambaíba Transportes Urbanos Ltda;
  • Área 3 – Nordeste – Amarela: Consórcio Plus;
  • Área 4 – Leste – Vermelha: Ambiental Transportes Urbanos, AlliBus Transportes, Pêssego Transportes, Express Transportes Urbanos;
  • Área 5 – Sudeste – Verde Escuro: Via Sul Transportes Urbanos Ltda;
  • Área 6 – Sul – Azul: Consórcio UNISUL;
  • Área 7 – Sudoeste – Vinho (Bordô): Consórcio 7;
  • Área 8 – Oeste – Laranja: Consórcio Sudoeste;
  • Área 9 – Centro – Cinza: Atendida por todas as empresas.

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DIMENSÃO DO SISTEMA

Para se ter uma noção da dimensão do sistema operado pela SPTrans, além de toda a frota de ônibus, também existem 29 terminais de transferência, que são administrados pela Socicam.

Neste número, não estão incluídos terminais administrados pela EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos) ou aqueles localizados ao lado de estações de metrô.

Pela capital paulista, existem aproximadamente 20 mil pontos de paradas, distribuídos a cada 300 metros, quando possível. Para a determinação da localização dos pontos de ônibus, diversos critérios são avaliados, como segurança para embarque e desembarque, por exemplo.

A cidade de São Paulo possui 4.680 quilômetros de vias cobertas por linhas de ônibus e, segundo a SPTrans, a licitação dos transportes da capital vai permitir ampliar o número para 15.100 quilômetros.

TECNOLOGIA

O sistema de bilhetagem da SPTrans contabiliza 15 milhões de bilhetes ativos. Na cidade, a utilização dos ônibus pode ser feita por meio do pagamento em dinheiro ou do Bilhete Único, que dá direito à integração gratuita entre as linhas, em um período de três horas, para a modalidade comum do cartão.

Ainda em tecnologia, a SPTrans ressaltou que 100% da frota é monitorada, 3,2 mil ônibus possuem tomada USB, aproximadamente mil já disponibilizam Wi-Fi e 3,7 mil vêm com ar-condicionado.

Para a conexão com o usuário, as redes sociais da SPTrans contabilizam aproximadamente duas mil interações por mês. Isso inclui dúvidas, sugestões, críticas e elogios ao sistema da capital paulista.

CENTRO DE OPERAÇÕES

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Ao todo, 113 técnicos de monitoramento, divididos em três turnos, atuam na função para monitorar a frota. Foto: Jessica Marques

Para controlar toda a estrutura, existe um Centro de Operações localizado na Rua Santa Rita, 590, no bairro Pari. No local, existem duas salas, uma exclusiva para o monitoramento da frota de ônibus e outra para o sistema de transporte diferenciado, que inclui a fiscalização de táxis, escolares, fretamento e Atende, por exemplo.

Na sala exclusiva para os ônibus, é possível fazer o mapeamento dos veículos e existem funcionários preparados para receber os alertas dos motoristas, caso ocorra algum acidente, desvio no itinerário ou alguma anormalidade na operação.

Ao todo, 113 técnicos de monitoramento, divididos em três turnos, atuam na função para monitorar a frota.

O encarregado do Centro de Operações também é responsável pela liberação de ônibus para o Paese (Plano de Atendimento entre Empresas de Transporte em Situação de Emergência).

Todas as empresas que têm convênio com a SPTrans, como o Metrô, a CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), a ViaQuatro e a EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos) podem solicitar ônibus para auxiliarem na operação.

A equipe é responsável por retirar veículos de forma estratégica de algumas linhas para não afetar a operação dos ônibus municipais e não prejudicar passageiros de nenhum sistema.

No caso do Paese, a empresa solicitante é responsável por efetuar o pagamento pelo uso dos ônibus da SPTrans.

UMA GARAGEM DE HISTÓRIAS

Além de todo o controle de frota realizado na Rua Santa Rita, 590, no bairro Pari, existe uma garagem que guarda grandes histórias. No local, estão guardados ônibus da CMTC (Companhia Municipal de Transportes Coletivos), que aguardam para serem restaurados.

Confira as imagens e detalhes: Garagem CMTC Santa Rita: um marco da história dos transportes que guarda preciosidades