Valdevan Noventa - Um líder não nasce por acaso!

18 de julho de 2018

Pesquisa reforça necessidade de políticas públicas para mobilidade urbana

Pesquisa reforça necessidade de políticas públicas para mobilidade urbana

Sobram promessas, faltam ações efetivas. Quando o assunto é mobilidade, as políticas públicas deixam a desejar. Não é à toa que Rio de Janeiro, São Paulo, Salvador e Brasília tiveram as piores classificações no quesito sistema de transporte em pesquisa feita pela empresa americana Expert Market. O estudo analisou tempo de viagem, espera para pegar condução, baldeações, distância total e o custo mensal relacionado ao salário médio da população. O resultado apenas reforçou o frequente posicionamento do Sindmotoristas: é preciso investir em mobilidade para aumentar eficiência e oferecer qualidade.

E os benefícios não param por aí. Melhorar o transporte público é solucionar a maior parte dos problemas no trânsito das grandes cidades brasileiras, como a capital paulistana. Além disso, dados já comprovaram que o investimento em ônibus não é apenas uma política de transporte, mas sim algo que envolve saúde, educação, bem-estar e uma política de coesão social. O problema é que os governantes, acostumados a transitar em seus carros de luxo, muitas vezes fingem não enxergar a dimensão do problema e se concentram apenas em aumentar o valor das passagens e retirar direitos dos trabalhadores.

Diante desse cenário, a diretoria do Sindicato dos Motoristas concentra boa parte da sua luta na tentativa de minimizar os impactos causados pela falta de projetos e de vontade política para fomentar a mobilidade urbana. Campanhas para reduzir acidentes, paralisações para impedir a redução da frota, manutenção do emprego do cobrador. Essa são apenas algumas das ações de sucesso do Sindmotoristas que contribuem para um transporte minimamente eficaz. Assim como saúde, educação e segurança, o deslocamento das pessoas precisa ser visto como prioridade, garantiram lideranças que estão à frente do Sindicato.

Para o Sindmotoristas, se a população tivesse mais opções que otimizassem o seu deslocamento, sobraria mais tempo para estudar e melhorar de vida, por exemplo. No entanto, antes de tudo é necessário que o governo abra os olhos diante da situação. E especialistas afirmam que o entrave não é financeiro. “Falta mesmo é vontade. O problema é político. Já existem recursos que precisam ser melhor direcionados para o transporte coletivo, não é necessário criar grande fórmulas tributárias”, afirmou o engenheiro, ex-secretário de Transportes Metropolitanos do Estado de São Paulo e vice-presidente da ANTP, Cláudio de Senna Frederico em evento do setor.

No que depender do Sindmotoristas, a administração municipal e até mesmo federal continuará sendo cobrada, de forma que motoristas e cobradores tenham seus postos de trabalho mantidos com dignidade e a sociedade não veja no transporte um empecilho para a prosperidade.