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14 de novembro de 2019

Números reforçam desigualdade racial no Brasil

Números reforçam desigualdade racial no Brasil

131 anos separam 2019 e 1888. No entanto, dados atuais confirmam: Princesa Isabel assinou o término da escravidão, mas não garantiu o fim da desigualdade racial. Em pleno século XXI, negros recebem salários 31% menores que os brancos. Isso, quando conseguem arrumar um emprego. Os dados são da Síntese de Indicadores Sociais (SIS), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e deixam clara a discriminação existente no mercado de trabalho.

O Sindmotoristas repudia esse cenário. Não é à toa que a entidade conta com uma pasta específica para cuidar do tema e evitar que trabalhadores negros e pardos sejam vítimas de preconceito. A Secretaria de Igualdade Racial é liderada pelo companheiro Zé Carlos Negão e conta com ações efetivas, incluindo a fiscalização de ações e medidas tomadas pelas empresas. “Na nossa categoria, as contratações são feitas de forma igualitária. Não há diferença salarial ou privilégios de acordo com raça, cor ou qualquer outra diferença”, garantiu.

Sexismo, homofobia, intolerância e racismo religioso também fazem parte das abordagens da secretaria criada no primeiro semestre deste ano. “É uma vergonha ser possível medir a taxa de desemprego pela cor dos profissionais. Competência e qualificação independem da raça”, destacou o presidente, em exercício, do Sindmotoristas, Valmir Santana (Sorriso).

Segundo o IBGE, enquanto o nível de desemprego entre os brancos com ensino superior conpleto é de 5,5%, o percentual chega a 7,1% quando se trata de negros e pardos. Na faixa com ensino médio completo ou superior incompleto, os brancos têm taxa de desemprego de 11,3%, contra 15,4% dos negros e pardos.