Valdevan Noventa - Um líder não nasce por acaso!

5 de junho de 2018

Muita besteira se fala quando o assunto é a função do cobrador

Muita besteira se fala quando o  assunto é a função do cobrador

Depois que o Sindicato dos Condutores/SP venceu a queda de braço com o prefeito Fernando Haddad e garantiu o emprego dos cobradores em todas as instâncias da Justiça, inclusive no Supremo Tribunal Federal, pessoas que não dominam o assunto, desconhecem a realidade do transporte por ônibus na cidade de São Paulo, estão dando seus “pitacos”.

Antes de tudo é preciso ter a compreensão de que o cobrador além de cobrar tarifa, também é um agente social que põem ordem dentro do ônibus. Ele fiscaliza passageiro que tenta pular a catraca ou que não respeita os assentos preferenciais, informa sobre os pontos turísticos e as linhas de ônibus desses locais, em caso de brigas e assaltos que precisam fazer o boletim de ocorrência o cobrador é a testemunha e auxilia o cadeirante ou a grávida com dificuldade para entrar no ônibus.

Então quando se vê um artigo do jornal Agora (10/11) que desqualifica a função do cobrador e a luta do Sindicato, subentende-se que quem escreveu está mal informado ou sendo parcial.

De forma bastante tendenciosa o texto apoia o prefeito Haddad no seu propósito de economizar dinheiro com o fim dos cobradores. Mas a conta não é simples assim. Primeiro não se pode abrir mão do “agente social” dentro dos ônibus e, o mais importante, é preciso considerar o dano social que o fechamento de 24 mil postos de trabalho vão causar as muitas famílias que já sofrem em tempo de grave crise econômica no País e desemprego em alta.

É conversa fiada quando dizem que os trabalhadores serão realocados para outras funções no sistema. Neste mesmo Governo do PT quando a prefeita era Marta Suplicy, a categoria foi duramente penalizada da noite para o dia com o fechamento de 19 empresas de ônibus e 23 mil trabalhadores foram parar no “olho da rua”.

A tragédia só não maior porque o Sindicato negociou o pagamento dos direitos dos demitidos e através da luta conseguiu realocar uma pequena parte desses trabalhadores. Sem saída, a maioria migrou para as antigas cooperativas que conhecidamente praticavam a precarização do emprego.

O presidente Valdevan Noventa disse estar vacinado contra as falsas promessas da Administração Municipal e de seus aliados e que continuará liderando o movimento de resistência para manter o emprego dos companheiros. “Não se trata de um mero capricho, manter o cobrador dentro do ônibus é necessário para o bom andamento do sistema de transporte coletivo urbano da maior cidade da América Latina, tendo a sociedade como a maior beneficária”.