Valdevan Noventa - Um líder não nasce por acaso!

7 de novembro de 2018

Horário de verão muda rotina de motoristas e cobradores

Horário de verão muda rotina de motoristas e cobradores

Dificuldades na adaptação e as mudanças nos hábitos cotidianos com a mudança do horário de verão foram pautas da Folha de São Paulo nessa última semana. A reportagem destacou os “prejuízos” dos profissionais do transporte público por ônibus de São Paulo, entrevistando a cobradora Rosa Maria de Oliveira, da Viação Gato Preto G3, que justificou sua insatisfação com o novo horário.

Dias mais longos, sol e céu azul após às 19 horas. Para alguns, a chegada do horário de verão é uma oportunidade para novas atividades. No entanto, há quem demore ou nunca se adapte à mudança no relógio. Motoristas e cobradores integram esse grupo, e muitos colegas não veem benefícios. O motivo é óbvio, já que os protagonistas do sistema de transporte da capital paulista levantam antes do galo cantar para “pegar no batente”. Ao adiantar uma hora os ponteiros do relógio, os trabalhadores são obrigados a caminhar por mais tempo pela São Paulo escura ficando, inclusive, à mercê da violência.

Em entrevista à Folha de São Paulo, a cobradora Rosa Maria de Oliveira, de 71 anos, manifestou sua insatisfação com a alteração da sua rotina. Ela sai de casa às 4h10 para chegar às 5h20 no trabalho. Acordar ainda mais cedo está entre as principais reclamações da companheira, que caminha cerca de 10 minutos em direção ao ponto de ônibus. A realidade de Rosa Maria é a mesma de milhares de brasileiros, sejam profissionais do transporte ou de outras áreas.

A economia de energia em horários de picos foi a justificativa para a adoção do horário de verão no Distrito Federal, São Paulo e mais nove estados, mas a mudança está sendo questionada, uma vez que os resultados têm sido inexpressivos. Por ora, não resta alternativa, os companheiros do transporte e a população em geral têm que se adequarem ao horário de verão que vai até 16 de fevereiro de 2019.

“Sabemos que para muitos não é fácil, mas precisamos readaptar a rotina para esse período de aproximadamente quatro meses. Dormir mais cedo, arrumar uma carona ou companhia no caminho ao transporte público ou até mesmo desfrutar dos benefícios do anoitecer tardio podem ser algumas das saídas. O importante é não transformar a mudança em algo prejudicial. Estar atento e evitar os riscos também é fundamental”, afirmou o presidente em exercício do Sindmotoristas, Valmir Santana da Paz, o Sorriso.