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13 de Fevereiro de 2019

Estrutura física de ponto final não acompanha evolução do transporte e causa transtornos a motoristas

Estrutura física de ponto final não acompanha evolução do transporte e causa transtornos a motoristas
Mais uma vez os trabalhadores estão pagando pela falta de ação efetiva do poder público. Não é de hoje que o Sindmotoristas luta para evitar que os condutores sejam multados indevidamente. Muitos companheiros já chegaram a ter a CNH retida devido a aplicação de penalidades erroneamente. E, apesar de 2019 ter apenas começado, o Sindicato está na ativa para evitar novos prejuízos à categoria. O problema, agora, envolve a Linha 1178, cujo ponto final fica em São Miguel, na Praça Antonio Assis Pereira. A falta de estrutura do local para receber os coletivos de 23 metros tem causado transtornos à população e, sobretudo, aos motoristas. A expectativa é de que a questão seja resolvida em cerca de 15 dias.
“Aquele ponto é muito antigo e não acompanhou a evolução do transporte. Ele comportava carros convencionais mas, agora, os veículos têm mais de 20 metros. Não há espaço para a parada dos ônibus e, para ajudar, às quintas-feiras é montada uma feira livre. Sem contar que há uma escola próxima ao trecho, onde vários carros ficam parados esperando as crianças saírem. Diante disso, os nossos motoristas são obrigados a parar em frente a garagens, faixa de pedestre. Os moradores ficam irritados e acabam ligando para a CET, que multa os motoristas, mesmo eles não tendo culpa”, explicou o diretor do Sindmotoristas, Luiz Carlos Paixão (Luizão) que já esteve reunido com representantes da SP Trans, CET e empresários.
O último encontro aconteceu na semana passada, quando Luizão ameaçou parar a Linha caso o problema não seja resolvido. Diante da possibilidade de mobilização, foi prometido o fechamento da praça apenas para os coletivos a partir do dia 1 de março, além do aumento das vagas de estacionamento para os ônibus. Ao todo, 33 carros param na região. As autoridades garantem que a medida será suficiente para que os veículos tenham espaço físico adequado. A mudança é considerada paliativa até que haja mudança de Linha com a aprovação da licitação do transporte da capital paulista. A CET também se comprometeu em não mais multar os motoristas.
A expectativa, agora, é de que a promessa seja colocada em prática, já que, por enquanto, nada foi feito. Segundo Luizão, não houve nenhuma intervenção desde a conversa. “Passei lá hoje e estava do mesmo jeito que deixamos. Se não ficar pronto no prazo combinado, vou solicitar a permissão do presidente e paralisar a linha. Não podemos ser obrigados a parar ali, pois é o ponto final, correr o risco de perder a carteira e depois ser mandado embora por justa causa. O papel do Sindicato é proteger o trabalhador”, garantiu Luizão.