Valdevan Noventa - Um líder não nasce por acaso!

7 de Março de 2019

Desigualdade salarial feminina: No setor de transportes de São Paulo, não!

Desigualdade salarial feminina: No setor de transportes de São Paulo, não!

A cerca de uma semana do Dia Internacional da Mulher, sabemos que o público feminino ainda não tem muito o que comemorar, sobretudo, quando se vive em um país cuja taxa de feminicídio é a quinta maior do mundo. Isso sem contar o preconceito e até mesmo a discriminação no mercado de trabalho por ser responsável pela geração de uma vida. Em pleno 2019, o cenário ainda é chocante e, diante dos abusos, parece uma luta sem fim.

A busca pela igualdade salarial é uma das reivindicações de quem não admite ter a mesma função do companheiro ao lado, porém receber uma quantia menor no final do mês.

Dados do IBGE apontam que as mulheres ganham 77,5% do salário dos homens no Brasil. São poucas as empresas ou categorias profissionais que não sofrem com essa injustiça. E as motoristas de ônibus fazem parte dessa exceção.

No setor de transportes da capital paulista, o salário é pago por função, independentemente do sexo. Esse é apenas um dos avanços verificados nos últimos anos durante a gestão Noventa. Nesse mesmo período, o número de mulheres na categoria também aumentou significativamente, chegando a 5 mil trabalhadoras, que atuam como motoristas, cobradoras e funcionárias da manutenção. Se engana quem ainda acredita que “mulher no volante, perigo constante”. Ao contrário disso, elas são mais gentis e causam menos acidentes, conforme já foi apontado em pesquisas.

No Sindmotoristas, a existência de uma secretaria específica para cuidar dos direitos das mulheres aliada ao compromisso da diretoria em respeitar e extinguir o preconceito tem garantido resultados positivos.

Na campanha salarial, por exemplo, algumas cláusulas estão diretamente relacionadas às companheiras. E desde que as mulheres começaram a integrar a lista de prioridades do Sindicato, muitas mudanças aconteceram.

Entre as principais conquistas estão os 180 dias de licença maternidade e o direito de levar o filho ao médico sem ter o dia abonado. E não para por aí. A mobilização, agora, é por banheiros exclusivos para as condutoras nos terminais e pontos finais de ônibus. “No Sindmotoristas, os problemas de todos são tratados igualmente, não há distinção entre homens e mulheres. O nosso objetivo é atingir cada vez mais o público feminino para que venha fazer parte da nossa categoria. É um absurdo que hoje ainda exista preconceito e distinção. No que depender de nós, as mulheres terão sempre o seu espaço e a sua vaga garantida”, afirmou o presidente interino, Valmir Santana.