Condutores respeitam decisão judicial, mas protesto na Prefeitura está mantido
Em cumprimento à decisão da Justiça do Trabalho, os condutores de São Paulo realizam uma paralisação parcial dos ônibus e um grande protesto em frente à Prefeitura.
A decisão judicial prevê que 70% da frota de ônibus circule nos horários de pico (das 6h às 9h e das 16h às 19h) e 50% nos horários normais.
A direção do SINDMOTORISTAS orienta aos que não estão em jornada de trabalho para que se dirijam à Prefeitura, a fim de participarem dos protestos na manhã desta sexta-feira, dia 6.
A luta é pelo pagamento da Participação nos Lucros e Resultados (PLR), em defesa do emprego dos trabalhadores e pelo fim da redução da frota de ônibus.
Mesmo com os protestos de ontem que pararam a capital paulista e repercutiram em todos os veículos de imprensa, o prefeito Bruno Covas não se pronunciou sobre a pauta de reivindicações.
A reunião que os dirigentes tiveram com o Secretário Municipal de Mobilidade e Transportes, Edson Caram, não teve avanços, muito pelo contrário, ele confirmou o “desmonte” do sistema de transporte público por ônibus que está em curso na cidade e que o pagamento da PLR será feito em 10 dias.
Diante dos últimos acontecimentos, o deputado federal e presidente licenciado do Sindmotoristas, Valdevan Noventa, junto com a direção e trabalhadores decretou a paralisação para esta sexta-feira.
“A nossa categoria já provou que é de luta. Estamos enfrentando uma crise sem precedentes no sistema e o Poder Público e os empresários de ônibus querem jogar essa conta para o trabalhar pagar. Isso jamais vai acontecer. Agora é guerra. Vamos defender com as armas que temos nossos direitos e empregos”, afirmou Noventa.
Fotos: Denis Glauber