“Após 36 dias de greve, trabalhadores dos Correios têm reajuste insatisfatório”, comenta Valdevan Noventa

Em tempos de pandemia e de uma das maiores crises sanitária, econômica e financeira dos últimos tempos, os condutores de São Paulo têm um dos melhores resultados de Campanha Salarial do país. Além de garantir o emprego de todos os trabalhadores, o Sindmotoristas conseguiu grandes avanços em seus direitos. Enquanto outras categorias profissionais tiverem desemprego em massa e reajustes insatisfatórios.

Para se ter uma ideia, os trabalhadores dos Correios, por exemplo, tiveram o fim da greve decretado na última terça-feira (22) após a decisão do TST (Tribunal Superior do Trabalho), sem conseguirem um acordo que atendesse de fato a categoria. Vale lembrar que a greve se estendia desde o final do mês de agosto, no dia 17.

“Embora tenham cumprido a determinação judicial com a finalização da paralisação dos trabalhos, a garantia de apenas 2,6% para os trabalhadores, não atende à categoria. No Acordo Coletivo foram retiradas 70 cláusulas com direitos como 30% do adicional de risco, vale alimentação, licença maternidade de 180 dias, auxílio creche, indenização de morte, auxílio para filhos com necessidades especiais, pagamento de adicional noturno e horas extras”, conta Valdevan Noventa.

De acordo com a decisão do Tribunal Superior do Trabalho, os trabalhadores terão descontados em seu salário, metade dos dias em razão da paralisação e ainda acordarão a outra metade em forma de compensação. Isso porque a justiça entendeu que a greve não foi abusiva.

“Temos que comemorar. Nossa Campanha Salarial 2020 garantiu o reajuste de 4% no Vale Refeição, bem como a Participação nos Lucros e/ou Resultados de R$ 1.200,00 parcelado em 4 vezes; entrega do crachá, fornecimento de cesta básica e convênio médico para funcionários afastados pelo INSS e alteração do Plano de Carreira no setor de manutenção. Tudo isso em tempos de uma triste crise”, concluiu Noventa.