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5 de junho de 2018

Ônibus é tema de “Como Será? , da Rede Globo

Ônibus é tema de “Como Será? , da Rede Globo

Programa de informação, curiosidades e conhecimento fala sobre os busólogos, o ônibus do passado e do futuro, e como este veículo pode atender à sociedade, além do transporte.

O ônibus não é apenas um veículo, mas é um integrador social.

Foi por meio dos serviços de ônibus que ocorreu o desenvolvimento das cidades, não apenas no Brasil, mas em praticamente todo o mundo, inclusive nos países que têm grandes e modernas malhas metroferroviárias.

Isso porque, o ônibus, por sua flexibilidade, atendeu o crescimento rápido das cidades e muitas vezes chegava aos locais antes mesmo do asfaltamento, da infraestrutura básica e de grandes loteamentos. Os visionários dos transportes muitas vezes se antecipavam e iam para onde caminhava a sociedade.

Os ônibus ainda são os principais veículos que integram as pessoas, principalmente as de maior necessidade de atendimento social, aos serviços de saúde, educação, lazer e às oportunidades de emprego e renda.

Mas não se iluda com esta história de que ônibus é só “coisa de pobre”.  Em diversos países, principalmente nos mais desenvolvidos, empresários, políticos e executivos usam o meio de transporte como qualquer cidadão de renda menor. A despeito de os serviços serem qualificados e a segurança pública ser melhor, o que também explica esta naturalidade no uso do transporte público por pessoas de maior renda, é a questão cultural. No mundo desenvolvido, o transporte coletivo é visto como o principal elemento de mobilidade e o carro pode ter até conotação de status, mas menos que em países como o Brasil, embora este quadro esteja mudando por aqui.

Além deste papel de integração, o ônibus tem a magia de colocar junto pessoas com diferentes realidades, histórias, objetivos e visões de mundo, transportando todos os dias milhões de vidas e sonhos.

E nada mais justo que este veículo ganhe a imagem e a valorização que merece, embora sejam legítimas as reclamações e anseios para a melhoria dos transportes públicos.

E foi isso que o programa “Como Será?”, da TV Globo, apresentado por Sandra Annenberg, mostrou neste sábado, 21 de abril de 2018. A importância, o desenvolvimento, a história e as paixões em torno do ônibus.

O repórter Alexandre Henderson conversou com um pessoal que se dedica mesmo ao ônibus ou usa este veículo para levar solidariedade, além do transporte público.

No primeiro bloco, a conversa foi com os “busólogos”, pessoas que admiram e estudam ônibus e seus sistemas.

No terminal Tietê, Henderson bateu um papo com o pesquisador e consultor, Mário dos Santos Custódio; o editor da Revista In Bus, Hélio Oliveira; o garoto João Victor, que, cego, tem nos ônibus sua motivação, ao ponto de identificar os modelos só pelo barulho, e com o jornalista editor do Diário do Transporte, Adamo Bazani.

O bate papo foi descontraído, mas cheio de cultura, curiosidade e informação, falando do ônibus desde suas origens e da necessidade, ainda no período antes de Cristo, de as pessoas contarem com veículos de transporte coletivo.

No segundo bloco foi a vez de falar sobre o ônibus do futuro e de sustentabilidade. A conversa foi a bordo de um ônibus elétrico que circula pela capital paulista com o especialista em mobilidade e diretor da BYD, Adalberto Maluf, e com o motorista Hamilton dos Santos. Mas não adianta falar de inovação, sem saber como os transportes se desenvolveram e olhar para as bases desta evolução. Por isso, o bate papo falando do passado com vistas para o futuro fluiu no ritmo dos transportes entre Alexandre Henderson e o engenheiro ambiental Ivo Reck Neto, que faz o mestrado em eficiência energética. A conversa rolou no Museu do Transporte Público de São Paulo Gaetano Ferolla, conhecido também como museu da CMTC.

No terceiro bloco, foi a vez do ônibus além do transporte convencional. A primeira conversa foi como dono da empresa Truckvan, especializada em costumização de veículos, Alcides Braga. Os ônibus e micro-ônibus viram verdadeiros veículos de luxo que não ficam devendo nada para carros e aviões.

Ônibus também é solidariedade. Os veículos podem ser transformados em clínicas veterinárias, ambulatórios de saúde para a população em geral e até mesmo barbearia solidária. O bate papo foi com a diretora da Ampara Animal – Associação das Mulheres Protetoras dos Animais Rejeitados e Abandonados, Raquel Facuri, com o auxiliar administrativo da ONG, Rafael Bahov, e com as veterinárias, Lívia Bear e Suzana Carlos.

Ainda mostrando a utilidade do ônibus extra-transporte, o BraberBus, uma barbearia e salão de beleza móvel, que ajuda a levar dignidade para pessoas carentes em São Paulo. O bate papo foi como os idealizadores do projeto, Agostinho Pereira, e a mulher, Érica Monique Alves, além do barbeiro voluntário Diogo Luís da Silva.