Prefeitura de São Paulo diz que não houve gasto em dobro para subsídios ao transporte
A Prefeitura de São Paulo negou que os subsídios ao sistema de transportes da capital paulista atingiram em janeiro, o dobro do previsto pelo Orçamento de 2017. Para todo o ano, foi reservado um total de em torno de R$ 1,8 bilhão. O setor de transportes (empresários, fornecedores e gestores da área) acredita que diante do congelamento da tarifa em R$ 3,80, promessa de campanha do prefeito João Doria, o montante não será suficiente até o final de dezembro.
Segundo a Secretaria Municipal de Transportes e Mobilidade, o valor foi de R$ 205 milhões e não de R$ 305 milhões, isso porque, ainda de acordo com a pasta, R$ 100 milhões já eram referentes a fevereiro. A administração ainda diz, na nota, que o total desembolsado em janeiro é menor do que a média mensal do ano passado. Acompanhe manifestação do poder público:
“O valor do subsídio no mês de janeiro chegou a R$ 205 milhões, valor menor do que a média mensal paga no ano de 2016. Os outros R$ 100 milhões, (…), referem-se ao mês de fevereiro … Ao contrário, a SPTrans assumiu a gestão com a obrigação de passar a pagar as empresas de ônibus em cinco dias úteis, quando, até dezembro de 2016, o prazo para o pagamento era maior, de até 10 dias. A SPTrans está agora negociando a melhor forma de remunerar essas empresas sem que haja maior impacto financeiro para a empresa. Trata-se de fazer gestão eficiente do dinheiro público em benefício do usuário do transporte público. Além disso, a SPTrans recebeu como herança dívidas que somam R$ 400 milhões com as empresas de ônibus. Portanto, o “descontrole das contas” foi o que a atual gestão encontrou ao assumir a empresa há 47 dias.
A nova administração vem adotando uma série de medidas de austeridade e eficiência para atender as prioridades da cidade mantendo o orçamento equilibrado. A SPTrans vem desenvolvendo esforços para combater as fraudes no Bilhete Único e reduzir os custos do sistema. Uma nova licitação do sistema de ônibus, que não foi feita nos quatro anos anteriores, já está sendo reeditada e é prioridade para sanear as contas do sistema.