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5 de junho de 2018

Justiça manda Metrô pagar indenização a mulher de ambulante morto em espancamento

Justiça manda Metrô pagar indenização a mulher de ambulante morto em espancamento

O juiz André Augusto Salvador Bezerra, da 42ª Vara Cível da Capital, concedeu liminar para determinar que a Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô) pague pensão mensal de R$ 2.232,54 para mulher do ambulante Luis Carlos Ruas, assassinado após ser espancado por dois rapazes na estação Pedro II, quando defendia um travesti na região. Cabe recurso da decisão.

Segundo o Tribunal de Justiça, o valor estipulado, que corresponde ao rendimento médio que era percebido pelo falecido, deverá ser depositado todo dia 20 de cada mês, já a partir de janeiro, sob pena de multa.

A mulher do ambulante pediu à Justiça urgência na decisão, pois alegou ter sua subsistência comprometida após a morte do marido.

Ainda de acordo com o TJ, o juiz entendeu que o crime ocorreu dentro das dependências da estação do Metrô, cuja segurança, em princípio, cabe à empresa. “É certo que outras circunstâncias poderão ser verificadas ao longo do processo e que, em tese, podem elidir a responsabilidade do requerido; todavia, por ora, o que se tem nos autos é a notícia de uma falha na própria segurança oferecida”, escreveu. “Necessário, pois, tomada de providência jurisdicional urgente, a fim de que a subsistência da autora não fique comprometida”, determinou.

 

O Metrô foi procurado para comentar a decisão, mas ainda não se pronunciou.

 

Presos

 

Ricardo Nascimento Martins, um dos suspeitos de agredir e matar o vendedor ambulante, foi preso em 27 de dezembro. Ricardo foi detido em Itupeva, no interior do estado, e levado para a capital.

O suspeito estava escondido na casa de um amigo. Ricardo e o primo Alípio Rogério Belo dos Santos tiveram prisão temporária decretada pela Justiça e o governo de São Paulo chegou a oferecer recompensa de R$ 50 mil por informações sobre o paradeiro deles. Alípio segue foragido e a suspeita da polícia é que ele esteja no litoral paulista.

Alípio Rogério dos Santos, o segundo suspeito de matar o ambulante, foi preso em 28 de dezembro em um prédio da Cohab em Itaquera, na Zona Leste de São Paulo.

Emprego

 

irmão da vítima foi empregado pelo prefeito João Doria. Reginaldo Ruas vai trabalhar como motorista em uma empresa privada e ganhará pouco mais de R$ 2 mil.

A empresa, chamada Soma, presta serviço para a Prefeitura na limpeza urbana de São Paulo. O prefeito anunciou o emprego para o parente de Índio em uma entrevista coletiva com a presença de familiares dos vendedores. Ao final do evento, dois sobrinhos de Ruas também pediram emprego para Doria.