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5 de junho de 2018

Em nova derrota de Alckmin, Justiça barra reajuste de ónibus na Grande SP

Em nova derrota de Alckmin, Justiça barra reajuste de ónibus na Grande SP

Em mais uma derrota do governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB), a Justiça suspendeu o aumento das tarifas dos ônibus intermunicipais na região metropolitana. No dia anterior, o Tribunal de Justiça havia confirmado uma liminar que cancelou outro reajuste, o do preço da integração entre os ônibus municipais e o transporte sobre trilhos, administrado pelo estado.

 

Cerca de 570 linhas de ônibus da Grande São Paulo, sob responsabilidade da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU), tiveram o valor corrigido entre 6,1% e 7,18% no último domingo. No entendimento da juíza Simone Viegas de Moraes Leme, o governo estadual não conseguiu explicar tecnicamente a pertinência do aumento. Ela questiona, ainda, o fato de o reajuste ter ficado acima da inflação, de 6,4% nos últimos 12 meses.

A liminar foi concedida em uma ação popular movida pela bancada do PT na Assembleia Legislativa. O governo de Alckmin pretende recorrer.

Na terça-feira, o Tribunal de Justiça negou recurso que tinha o objetivo de derrubar a suspensão ao aumento na tarifa da integração entre ônibus, trem e metrô. Na última sexta-feira, a Justiça determinou que o governo não poderia aumentar essa modalidade de passagem de R$ 5,92 para R$ 6,80.

Em seu recurso, o governo paulista estimou em R$ 220 milhões a perda que teria ao longo de 2017 só com a suspensão da tarifa de integração. O aumento era necessário também para cobrir os custos do congelamento das tarifas de trem e metrô em R$ 3,80, mesmo valor do passe no ônibus na capital paulista. Manter esse valor foi uma das promessas de campanha do prefeito João Doria (PSDB), afilhado político de Alckmin.