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5 de junho de 2018

Trem é o meio de transporte com pior avaliação entre os paulistanos, mostra pesquisa

Trem é o meio de transporte com pior avaliação entre os paulistanos, mostra pesquisa

Os serviços de trem receberam as piores avaliações dos paulistanos, de acordo com levantamento do site de empregos Vagas.com que mediu o grau de satisfação dos passageiros com transporte que utilizam para ir e voltar ao trabalho.

Foram consultadas entre 16 e 25 de agosto, 1.123 pessoas de diferentes regiões de São Paulo que responderam por e-mail à pesquisa. O portal fez os questionamentos às pessoas que cadastraram currículos para buscar novas colocações.

Em dez capitais, incluindo São Paulo, participaram do levantamento 3 mil 208 pessoas. Foram consultados trabalhadores em São Paulo, Rio de Janeiro, Fortaleza, Belo Horizonte, Florianópolis, Recife, Brasília, Salvador, Curitiba e Porto Alegre.

Entre os entrevistados em São Paulo, a pesquisa mostra que quase metade (47%) dos usuários de trem avaliaram como péssimo ou ruim o meio utilizado. O ônibus é o segundo tipo de transporte com pior avaliação, com 41% de avaliações péssimo ou ruim. Dos passageiros que utilizam o metrô, 26% julgaram o meio como ruim ou péssimo. A motocicleta foi avaliada como ruim ou péssima para 21%. Para quem anda a pé, 19% indicaram ruim ou péssimo. Os carros tiveram 18% de menções ruim ou péssimo. As bicicletas foram consideradas ruim ou péssima por 8%.

FAIXAS DE ÔNIBUS E CICLOVIAS MELHORARAM OS DESLOCAMENTOS:

Apesar de o metrô e o carro serem ainda os meios de deslocamento preferidos pelos paulistanos, caso pudessem escolher, com 39% e 23% das respostas, respectivamente, o levantamento mostrou que as percepções em relação à piora ou melhoria dos meios de transporte, tiveram grande influência das ações de mobilidade, como faixas de ônibus e ciclovias. Segundo a pesquisa avaliação dos deslocamentos por ônibus e por bicicleta melhorou.

O levantamento procurou saber se piorou, manteve-se igual ou melhorou a percepção de quem utiliza transporte em São Paulo, considerando os quesitos infraestrutura, segurança, agilidade, conforto, custo e limpeza, em relação ao ano passado. Os resultados apontam que para os passageiros de trem houve um índice de piora superior em relação às demais capitais 42% (São Paulo) X 36% (Demais capitais). No caso do carro também, a sensação de piora é maior na capital paulista em relação às demais outras cidades: 37% ante 32%.

Para São Paulo, a sensação de melhoria foi maior para bicicleta (75%), motocicleta (36%) e ônibus (25%), quando comparada às demais cidades cujos índices foram de 64%, 29% e 18%, respectivamente.

 “São Paulo investiu em faixas exclusivas de ônibus e ciclofaixas, obras que trazem melhorias de mobilidade urbana. O usuário de transporte consegue detectar rapidamente ações que tragam benefício imediato ao seu dia a dia e repassar essa sensação de forma voluntária e espontânea”, – disse em nota, o coordenador da pesquisa, Rafael Urbano.

As faixas de ônibus têm, ainda segundo o levantamento, alto índice de aprovação na cidade de São Paulo e nas outras nove cidades: “De acordo com o estudo, 86% dos respondentes paulistanos afirmaram que são favoráveis às faixas exclusivas de transporte público nos horários de pico. Esse percentual é menor que a média das demais capitais pesquisadas: 90%. Das razões para o apoio, 72% indicam rapidez, índice superior à média das capitais (68%). Para 35%, melhoram o trânsito, percentual abaixo da média das outras cidades (47%). Em  38% das respostas, dizem que é um investimento para a coletividade. Para 26%, traz bem-estar à população e em 19% dos casos, qualidade de vida. Para os contrários (14%), essas faixas pioram o trânsito (58%), causam lentidão (47%), geram menos investimentos em ruas, pontes e avenidas (35%), é um privilégio para poucos (24%) ou tem como finalidade desvio de dinheiro público (27%).”

O tempo de deslocamento dos paulistanos, segundo o levantamento é de, em média, 1h54 para ir e voltar.

De acordo com o estudo, mais da metade dos paulistanos que responderam, 53%, apontou que utiliza o carro em seu trajeto para o emprego. Desse total, 94% confirmaram que vão e voltam com veículo próprio, 8% de carona e 11% por meio de táxis ou aplicativos, como o Uber.

Para 47%, o ônibus é o transporte predominante no deslocamento do trabalho. O metrô aparece na terceira posição, com 44%. O trem auxilia 20%. Ir a pé, 11%. As motocicletas transportam 6% e as bicicletas, 4%.r ao trabalho, sendo a volta mais demorada. A distância média percorrida entre ida e volta é de 28 quilômetros.

Ainda segundo o levantamento, para os paulistanos os maiores problemas de mobilidade hoje são:

– Congestionamentos: 30%

– Falta de mais linhas de trens e metrô: 22%

– Tempo de espera pelo transporte público: 16%

– Baixa qualidade de ruas e avenidas: 10%

– Pouca quantidade de ônibus em horários de pico:  8%

– Poucos corredores de ônibus: 2%

– Poucas ciclovias: 1%

– Outros: 8%

 

 

(Fonte: Blog Ponto de Ônibus)