Valdevan Noventa - Um líder não nasce por acaso!

História do Sindicato

Assim como a da maioria dos brasileiros, a história do SINDMOTORISTAS traz páginas de lutas, desafios, superações e vitórias. Afinal, o que seria de um sindicato senão o reflexo da construção, união e organização da classe trabalhadora?

Optando por seguir um caminho ousado e ultrapassando todas as barreiras das rejeições tipicamente enfrentadas pela maioria das entidades, o SINDMOTORISTAS nasceu no dia 11 de novembro de 1933, com sede estabelecida na Rua Piratininga, 77, com a união de 37 motoristas em uma diretoria eleita para um mandato de três anos, tendo como seu primeiro presidente o Nicola Capucci.

Já com a categoria organizada, a entidade comandou a primeira greve em 16 de janeiro de 1935, e mesmo com a prisão de vários trabalhadores, o movimento saiu vitorioso. Ainda, neste mesmo ano, garantiu melhores condições de trabalho com a efetivação da jornada de 8 horas, descanso semanal, salário mínimo e caixa de aposentadoria e pensões para toda a categoria.

No ano de 1943, dois fatos importantes marcaram a história da entidade, o primeiro dissídio coletivo de trabalho e a publicação do primeiro informativo do Sindicato, denominado “O Veículo”.

Em 1947, nasce a Companhia Municipal de Transportes Coletivo – CMTC, composta por 34 companhias de ônibus e uma frota de mais de 600 veículos.

No ano seguinte, o Sindicato adquire a sua sede própria, na Rua Pirapitingui, 75, onde está instalado até hoje.

Golpe Militar

No período da Ditadura Militar, entre as décadas de 60 e 70, o sindicato, assim como todo o movimento sindical brasileiro, passou por uma fase muito difícil, sofrendo três intervenções do Governo que designou uma junta governativa para comandar a entidade, o que não impediu o crescimento da representação de trabalhadores de vários setores de transportes.

No final de 1979, com o surgimento de novas lideranças sindicais nas bases, o SINDMOTORISTAS saiu da letargia e voltou à cena, reassumindo o seu papel de entidade profissional combativa e atuante. Lutando pelas “Diretas Já” na entidade, realizando greves, e inaugurando um novo tempo em sua organização. O movimento conquistou um reajuste de 174% no piso salarial e criou condições para a volta da eleição da diretoria por vontade dos trabalhadores.

Anos 80 e 90

A década de 80 foi um período de ouro para a categoria que obteve grandes conquistas sociais e econômicas, como o conselho de representantes nas garagens, ticket refeição, subsídio da cesta básica, jornada de trabalho de 6h40, reajuste mensal de salário pelo ICV-DIEESE, etc.

No ano de 1990, a representação do sindicato se estendia a diversas categorias, incluindo o setor de cargas, taxistas de frota, concreto, coleta de lixo urbano, entre outros. Foram travadas lutas históricas, como a greve dos trabalhadores em transportes de cargas que reivindicava a recuperação do poder dos salários e equiparação dos salários com o transporte coletivo.

A entidade, além de encampar as lutas permanentes pela ampliação de direitos, oferecia outros benefícios, como serviços médico, jurídico e de lazer, na sede ou por meio de convênios.

Desmembramento

Depois de chegar a representar quase 240 mil trabalhadores, no final da década de 90 e nos anos 2000, os dirigentes que assumiram a direção do sindicato adotaram uma política de desmembramento da categoria, favorecendo a criação de várias outras entidades sindicais do transporte. Mesmo com esses e outros percalços, o SINDMOTORISTAS nunca deixou de ser referência nacional para o movimento sindical do país.

Nova gestão, um novo tempo

Após enfrentar um grande desgaste em sua imagem, em virtude de tempos difíceis que colocaram em xeque sua reputação e a confiança por parte dos trabalhadores, a entidade conseguiu se reestabelecer retomando sua posição representativa.

Com a chegada de Valdevan Noventa, a categoria foi tomada por uma onda de otimismo, com lutas e vitórias que, inegavelmente, marcaram um novo tempo de conquistas, superação e vitórias.

Desde 2013, o líder dos trabalhadores em transportes junto com a diretoria garantiu melhorias que refletiram positivamente na vida dos companheiros como, garantia do emprego dos trabalhadores da extinta Viação Cidade Tiradentes; o fim do genérico, que distinguia a remuneração e os direitos dos profissionais; campanhas salariais vitoriosas; participação nos lucros e resultados (PLR); plano de cargos e salários do setor de manutenção e sorteio de carros.

Por meio da atuação de Valdevan Noventa, o sindicato ganhou destaque na mídia por sua luta pela manutenção do emprego dos 19 mil cobradores no sistema de transportes, num verdadeiro ‘braço-de-ferro’ com o Poder Público e os empresários, que fizeram várias tentativas para extinguir a função. A vitória foi concluída na Justiça e entra no rol dos desafios e conquistas da entidade.

Desse modo, não há intransigência patronal ou omissão do governo que vençam a garra e o poder de mobilização da entidade. Capaz de parar a maior capital do país, o sindicato não mede esforços e muito menos recua quando o objetivo é impedir a retirada dos direitos da categoria. Assembleias no auditório do sindicato, nas ruas e de madrugada nas garagens são uma das marcas registradas da entidade, que busca sempre orientar e informar os trabalhadores sobre as principais medidas a serem tomadas.

Assim o sindicato caminha para os seus quase 90 anos, com o compromisso contínuo de lutar em prol da categoria. Firme e ousado, consciente do seu papel e buscando sempre a valorização do trabalhador e a construção de uma sociedade mais justa e igualitária.