Valdevan Noventa - Um líder não nasce por acaso!

Biografia do Presidente

Edivaldo Santiago tem 51 anos de categoria e, destes, 47 dedicados ao Sindmotoristas

Edvaldo Santiago da Silva, 75 anos, iniciou sua trajetória na categoria em 1972 ao entrar como motorista na empresa Campo Belo.

Depois,  foi para a CMTC – Garagem Jabaquara, passou pela Garagem do Brás e se aposentou na Garagem Aclimação, onde foi eleito cipeiro.

Sindicalizou-se ao Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo (Sindmotoristas) em 1976, aliás, ano em que começa a militar na entidade. Participou ativamente da greve histórica de 1979 e, também, de várias atividades, inclusive, por diferenças ideológicas, fez oposição à direção do sindicato.

Em 1985, com o apoio de alguns militantes e o incentivo do seu amigo Cícero Gomes de Lima, foi eleito secretário geral da entidade.  Após três anos, encabeça uma chapa de oposição, vence as eleições e é eleito presidente do Sindmotoristas.

Em 1991, é reeleito para o cargo maior. Depois do segundo mandato, Edivaldo faz uma pausa de seis anos das atividades sindicais e, pela vontade dos trabalhadores, retorna pela terceira vez à presidência do sindicato em 2000, mas não chega a concluir a gestão. Em virtude de liderar os movimentos em defesa do emprego dos mais de 12 mil trabalhadores (as) demitidos, devido a implantação do novo sistema de transporte na cidade São Paulo, projeto do Governo da prefeita Marta Suplicy, foi perseguido e preso por mais de 180 dias na  Polícia Federal.

Por sua história, Edvaldo deixa um grande legado. Foi o presidente do sindicato que teve o privilégio de ter participado de três momentos marcantes na vida dos trabalhadores em transportes. Participou das lutas em defesa da democracia do país, vivenciando todo o processo de transição do regime militar para a democracia e, agora, contribui decisivamente para consolidá-la.

Liderou greves da categoria de quatro, seis e nove dias.

Organizou cinco congressos: 1989; 1991; 1993; 2001 e 2003.

Na Convenção Coletiva de Trabalho de 1989, conquistou a redução da jornada de trabalho para 6h10 (seis horas e dez minutos); vale refeição; cesta-básica; eleição para as comissões de garagens na CMTC e empresas particulares; convênio médico gratuito para o trabalhador; seguro de vida; reajuste de salário pelo ICV-DIEESE, entre outras conquistas.

Edvaldo foi o coordenador  do Instituto “O Resgate”.

No sindicato, além de presidente, ocupou os cargos de secretário geral nas gestões 1985 a 1988 e 2008 a 2013, e secretário de finanças de 2013 a 2018.

Nas eleições recentes, dias 21 e 22 de novembro de 2023, foi eleito novamente para presidir o maior e mais importante entidade sindical de transporte urbano do Brasil e América Latina.

Sua maior admiração é pelo presidente Lula, pois segundo ele, são poucos os políticos brasileiros que deixarão uma biografia tão marcante como a do líder sindical, comandante das greves dos metalúrgicos do ABC, em plena ditadura militar.

Neste mandato que se inicia, pretende ao lado da diretoria eleita desempenhar um papel importante na organização e nas lutas para manter e ampliar novas conquistas.